Dia Mundial de Combate à LGBTfobia: 7 fatos mostram que há pouco ou quase nada para se celebrar

Dia Mundial de Combate à LGBTfobia: 7 fatos mostram que há pouco ou quase nada para se celebrar

No Ocidente governos, partidos políticos e grupos organizados da sociedade civil promovem perseguição e violências contra as pessoas LGBTQIA+.

Na Fórum – Nesta terça-feira (17) celebra-se o Dia Mundial de Combate à LGBTfobia, pois, foi neste dia que, no ano de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças (CID). No entanto, há pouco para celebrar. 

Em várias partes do mundo, apesar da garantia dos direitos civis como casamento civil e direito ao nome social, a vida das LGBTQIA+ tem sido marcada por perseguição por parte de governos e partidos políticos e aumento da violência. 

No século XXI, tanto no Brasil como em outros países, as LGBTQIA+ vivem um momento profundamente paradoxal, de um lado a eleição de parlamentares bem como pessoas LGBTs alçadas a cargos de alto escalão de alguns governos e a eleição de parlamentares e governantes calcados no discurso de ódio.

Diante de tal cenário, elencamos abaixo 7 retrocessos que a comunidade LGBTQIA+ somou nos últimos anos. 

1 – Bolsonaro. A eleição do atual mandatário do Palácio do Planalto por si só já foi uma grande derrota para a comunidade. Não obstante, ao tomar posse descontinuou todas as políticas LGBTQIA+ que eram executadas pelos governos Lula (2022-10) e Dilma Rousseff (2010-16). 

2 – Viktor Orbán vence eleição na Hungria. O atual primeiro-ministro da Hungria venceu o último pleito com uma campanha calcada no discurso de ódio contra as LGBTQIA+. Por mais de uma vez declarou que a “ideologia LGBT é mais nefasta que o comunismo” e, portanto, deve ser combatida.  

3 – Zonas livres da ideologia LGBTQIA+ continuam a figurar na Polônia. O governo do país, comandado por Andrzej Duda, político da extrema direita, “presenteia” com incentivos fiscais os municípios que aderirem à política das “zonas livres da ideologia LGBT”.  

4 – Extrema direita dos EUA promove perseguição contra as LGBTQIA+. Apesar de ter retirado da presidência o republicano Donald Trump, os extremistas estadunidenses seguem articulado no entorno do Partido Republicano e neste momento promovem uma perseguição à comunidade LGBT. Recentemente foram aprovadas legislações locais que proíbem a menção de questões relacionadas à sexualidade e gênero, e livro que abordem a temática LGBT.  

5 – A violência contra as LGBTQIA+ no Brasil aumentou, é o que mostram os levantamentos mais recentes feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e Transgender Europe. Segundo levantamento do GGB, uma pessoa LGBT é morta a cada 29 horas no Brasil.

6 – O silêncio da ONU diante de tal cenário de extrema violência e perseguição política contra as LGBTQIA+. As Nações Unidas e suas congêneres são rápidas para manifestar censuras sobre variados temas, mas, ainda segue vacilante, não quando em total silêncio, no que diz respeito às violações estatais contra a comunidade LGBTQIA+.  

7 – Apesar de todo esse cenário de retrocesso, a eleição de governos progressistas em várias partes mundo e provável vitória de Lula na disputa eleitoral deste ano no Brasil sinalizam que o momento mais sombrio para as LGBT pode estar perto do fim.  

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