Sobre fatos e pessoas

Sobre fatos e pessoas

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Deu Merda!
O bloqueio do whatsapp interferiu na rotação da terra com tanta gente movimentando mais que os dedos no primeiro dia de bloqueio. Tive que levantar várias vezes pra chamar meu filhos, coisa que uma simples mensagem no aplicativo resolveria. A foto do documento que mandaria para o despachante vou ter que levar em mãos e a resposta à consulta que minha amiga espera em outro estado, só quando liberarem o acesso, pois ela não tem facebook e telefonar sai caro pra caramba. Como eu, tem muita gente inconformada com a decisão do juiz que bloqueou o uso da ferramenta de comunicação por três dias no país. Cá, prá nós, faz falta e gera prejuízo.

Mas, o que está ruim, pode ficar muito pior, caso os projetos que resultaram na tal CPI de Crimes Cibernéticos sejam aprovados. Quem quiser conferir, basta acessar a página Câmara.gov.br. O Intervozes denuncia o risco elencando cinco pontos assustadores do relatório:
1) Criam uma lógica de censura prévia de conteúdos que SUPOSTAMENTE atentem contra a honra (proteção a políticos criticados na rede)
2) Possibilidade de bloqueio do Facebook, Whatsapp e outras aplicações por causa de um conteúdo que atente contra a lei
3) Internauta é suspeito de crime até que se prove o contrário
4) Tornar crime com pena de até dois anos para quem baixar filmes, desrespeitar termos de acesso ou cometer alguma outra irregularidade na Internet

5) Usar 10% dos recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações para equipar a polícia

Apocalíptico
Deu na Folha: “Bispo licenciado da Universal é cotado para Ciência e Tecnologia de Temer”.
Recorro a Bíblia Sagrada pra imaginar no que pode dar essa nomeação.
“Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.”
 
Desnecessário
O presidente da Seccional da OAB-RO publicou um artigo que corrobora com a crítica da OAB-MG à liminar concedida pela juíza Moema Miranda Gonçalves, que proibiu o Centro Acadêmico Afonso Pena, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de promover encontro para debater o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Legal, não fosse a conclusão.
“Ainda que efetivamente o objetivo estratégico dos promotores tivesse sido manifestação em defesa da presidente.”
A notícia que você não viu, nem vai ver
O ex-presidente FHC foi conduzido coercitivamente, sem intimação e resistência, exposto à execração pública, para depor na PF no inquérito que investiga remessa de dinheiro ao exterior para sua amante jornalista através de uma concessionária brasileira.
Toda a imprensa dedicou o dia 29 para divulgar a notícia e o ex-presidente foi capa dos principais jornais e revistas.
O conteúdo do depoimento foi amplamente divulgado e os apresentadores da Globo até esboçaram um ar de satisfação ao dar a notícia.
Nas redes sociais houve grande comoção pelo excesso a que foi submetido o ex-presidente.
Bem diferente, do tratamento adequado e até respeitoso dedicado ao ex-presidente Lula, quando foi depor sem que ninguém ficasse sabendo.
Cuspódromo
 
Deu o que falar na imprensa que apoia o impeachment o cuspódromo móvel que manifestantes utilizam para protestar contra políticos que consideram apoiadores do golpe contra a presidente. Se saiu na imprensa, o protesto cumpriu sua finalidade.
Quem quiser pode cuspir na cara do deputado Jair Bolsonaro, estampada num banner ou, nos penicos com a foto de cada deputado da bancada rondoniense.
Na UNIR, uma privada entupida com o rosto dos parlamentares também simboliza a revolta de quem entende como golpe, o que chamam de impeachment.
Absolutamente normal e legítimo, pois é comum encenarem até velórios de políticos e há muito tempo.
 
Barba De Molho
 
A barba mais bem podada da política rondoniense está de molho. A delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), motivou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a pedir a abertura de inquérito contra o senador Valdir Raupp (RO) para investigar seu possível envolvimento no âmbito da Lava Jato.
Não só ele, mas também Aécio Neves, Renan Calheiros, Romero Jucá e Jader Barbalho.
A prova ‘ouvi dizer’ será investigada, mas até que seja confirmada, a imprensa não divulgará nada.
 
 A qualquer momento, volto, mas se as coisas piorarem muito, tirem meu tubo.

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