Chega a dar vontade de vomitar ver o jornalismo da globo noticiar que Temer está tendo dificuldades pra cortar cargos e ministérios.
Um cabra que foi vice presidente num mandato e mais meio não sabe onde cortar gastos? Estão na mira da caneta, 10, entre eles, o Ministério da Cultura, que completou 31 anos.
A tal Ponte Para o Futuro que Temer prometeu, já deu sinais de que nos levará ao passado em muitos e preocupantes aspectos.
Leva a Collor que transformou o MinC em 1990 numa mera secretaria. Dois anos depois, já com Itamar a sacanagem foi revertida.
De lá pra cá, o MinC proporcionou mais investimentos, inovação e divulgação das políticas públicas da área cultural. Com Lula, o orçamento saltou em 600% e quem acha isso ruim, não compreende o a cultura com um valioso, porque é vesgo mesmo.
Com os milhares que ascenderam de condição social, novos protagonistas entraram em cena e a eles foi dado apoio nos governos do PT. O Brasil subiu a ladeira com as produções das periferias, com os Pontos de Cultura e com o vale Cultura.
Nem vou me debruçar sobre quem teve acesso por mérito ou não, porque na essência, a iniciativa de ampliar a fonte é válida e quem usou mal ou o que não devia que responda por isso. A lei Rouanet, uma coisa boa da era Collor, precisa ser aprimorada. Os mecanismos de fiscalização dos recursos distribuídos, idem.
Mas, sem retrocesso.
O Ministério da Cultura nasceu com a redemocratização, por meio de manifestações da classe artística e se consolidou com uma necessidade do estado para fortalecer as políticas voltadas à educação e ao combate às desigualdades.
É inegável que as leis de incentivo de lá pra cá adubaram o terreno fértil da cultura e nele vingaram muito mais produções culturais, antes, tão dramaticamente reprimidas.
A fusão com o Ministério da Educação, caso ocorra, segundo o secretário-executivo do Minc, João Brant, “rebaixa toda a condição de trazer quadros qualificados, diminui o impacto político e a própria função do ministério.”
A cultura no governo Temer deve ter a cara dele, segundo o Financial Times, de “mordomo de casa do terror”.