Esse tempo de vigor da mídia alternativa com a multiplicação de blogs, sites e Fan Pages que driblam o jornalismo padronizado, coincide com um momento marcante da história da imprensa brasileira.
Foi no maio de 1964 que Millôr lançou os históricos oito exemplares da revista “Pif Paf”, nome da coluna que escrevia no Cruzeiro.
Ele ficou puto com a demissão e se juntou aJaguar, Ziraldo e a outros gênios do cartum e transformou a coluna na revista mais inteligente e sarcástica contra a ditadura.
O Cruzeiro demitiu Millôr depois de 25 anos de trabalho num editorial de primeira página em Outubro de 1963. Na ocasião disse: “Sinto-me um navio abandonando os ratos”.
Como vivia explicando que não era de direita, pacificou: “Pif Paf será de esquerda às segundas, quartas e sextas, e de direita às terças, quintas e sábados.”