A cada dia fica mais evidente e, portanto, irrefutável, que a pauta da Câmara está parada desde o início do segundo mandato da presidente Dilma, porque essa legislatura nasceu comprometida com uma pauta paralela para viabilizar a tomada do poder.
A escolha do novo líder do governo na Câmara é mais uma prova de que o toma-lá-dá-cá conduziu cada ato legislativo que levou ao impeachment.
Temer nomeou o deputado André Moura (PSC-CE), aquele que foi chamado pelo ex-líder do PT deputado Paulo Teixeira, de “puxa-saco” e “lambe botas” do presidente da Casa, Eduardo Cunha.
André Moura defendeu a pauta bomba de Cunha que incluía o financiamento privado de campanhas, reprovado pela maioria da população, mas aprovado por maioria na Câmara.
Ele também teria feito o que pode pra tentar barrar a cassação de Cumha no Conselho de Ética.
É esse aliado íntimo de Cunha que vai ‘administrar’ o tal ‘centrão’ formado por 300 deputados que prometem apoiar o governo.
O blocão teria poder até pra aprovar Emenda Constitucional. Há quem ‘torça’e acredite que um governo que nasceu de acordos imorais, faça coisas boas e sirva como exemplo de moralidade na política.
Ah! Sim, o novo líder do governo também é investigado no STF.
Uns e outros, têm cobrado falta de apoio de brasileiros ao governo temporário.
A parcela que foi às ruas por moralidade na política e o fim da corrupção espera que todos torçam para o Brasil, ignorando que o processo de impeachment foi conduzido com corrupção e imoralidade.
Torcer, mesmo que dê nisso, mesmo que fique pior, mesmo que o exemplo pra gerações futuras seja péssimo.
A exaltação ao ‘corrompe, mas faz’ desnuda o verdadeiro interesse dessa parcela, dessa torcida. Mas, é claro que no meio dela, tem a parcela de ingênuos que pretendem continuar ingênuos.