Uma semana foi o tempo necessário pra que o ex-líder do governo eleito, senador Delcídio do Amaral, fosse preso após a polícia ter acesso à uma gravação que impôs suspeita de tentativa de obstrução de justiça.
Cronologia:
No dia 19 de novembro, Bernardo Cerveró assinou um termo de declaração e entregou à Polícia Federal, as gravações de conversas com o ex-senador.
No dia 25 de novembro, Delcídio Amaral foi preso por decisão do ministro Teori Zavascki.
No mesmo dia, os senadores decidiram manter a prisão de Delcídio.
Ele passou 80 dias preso.
Em 2016, no 15 de Março, o STF homologou delação dele.
E no dia 11 de maio, foi cassado por unanimidade.
As declarações de Delcídio são potencialmente menos graves que as reveladas pela Folha de São Paulo há cinco dias.
Em horas, novos trechos são divulgados na imprensa de gravações que envolvem os senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o ex-presidente da república, José Sarney.
São indiscutivelmente mais graves, porque revelam o que teria sido um pacto nacional, não pra proteger um investigado na Operação Lava Jato, mas todos.
Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney devem ser presos a qualquer momento, se a lógica do tempo aplicada for a mesma do ex-líder do governo, filiado ao PT.
Parafraseando o folclórico personagem Sinhôzinho Malta, “Tô certa, ou tô errada?”
Sarney preso? Pra quem acredita, seria quase um milagre.