Cai como uma luva a tirada do Mazarropi no filme O Jeca e a Freira, para o presidente interino que se diz exaurido com a pressão já primeiros dias de governo.
“É muito melado pra uma formiga”.
Porque é sábado e cabra que o ouro não arruma não merece destaque, recordemos do genial Amácio Mazzaropi que nasceu no interior de São Paulo, mas era uma mistura de italianos e portugueses.
Filho de classe média, sem coragem pro estudo, mal conseguiu terminar o ginásio e fugiu de casa com 16 anos.
O filho do comerciante foi ser assistente de faquir num circo, saiu do campo, mas levou o campo pra cidade. Foi vencendo as dificuldades com talento e a coragem que só não tinha pra estudar, que enricou e se transformou no inesquecível personagem do cinema brasileiro .
Mazzaropi montou seu próprio circo, teve programa em rádio e televisão, produziu e dirigiu dezenas de filmes, atuou com personalidade inimitável e fundou a Pam Filmes.
Ele tinha umas manias que revelavam muito do seu caráter, como a de lançar um filme por ano, sempre no aniversário de São Paulo, sempre no cine Art Palácio, porque o dono foi quem lhe ajudou no início da carreira.
Não casou, adotou um filho e toda riqueza que acumulou se perdeu em leilões pra quitar dívidas dos herdeiros.
A genialidade, coisa que não se herda, permanece viva no acervo cultural brasileiro.
Dele, a célebre frase: “Tudo que acontece de ruim é pra melhorar a vida da gente”.
Quando Temer deixar o governo, entoemos aquela do Mazzaropi: “já vai infurtúnio?”