Vivo ou morto. A brincadeira agora ficou mais séria

Vivo ou morto. A brincadeira agora ficou mais séria

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A imprensa propaga que chegou ao fim a Era Cunha com a derrota de Rogério Rosso (PSB/DF) à presidência da Câmara, seu aliado e pra quem fez campanha.

Será mesmo?

Estrebuchando, com a corda no pescoço, com o cadafalso armado, seu candidato teve 170 votos. A bancada que Cunha é dono diminuiu, é fato, mas ainda tem força pra interferir nos trabalhos do legislativo. É cedo pra comemorar a tão alardeada sensação de alívio com a derrota do candidato do presidente afastado mais poderoso que a Câmara teve.
Maia até elogiou a gestão do antecessor e disse que não vai “ajudar, nem prejudicar o Eduardo”.

Desse parlamento pode se esperar tudo, inclusive, nada.

Não foi a genialidade de articulação que cozinhou o processo que pode levar à cassação de Eduardo Cunha em banho Maria. Foi rabo preso mesmo, de uma bancada comprometida com seus negócios escusos.

Ou seja, ele tem muitos parlamentares na mão. É dono dos mandatos que financiou e não vai ‘deixar prá lá’ a dívida.
Se a esquerda não tivesse se fragmentado, Maia ganharia com folga a eleição?

São apenas aspectos intrigantes, mas que insinuam cautela na comemoração precoce.
Ao pedir a deputados que acolhessem o recurso contra a aprovação, pelo Conselho de Ética, da cassação do seu mandato, o ‘coisa ruim’ ameaçou: “Hoje sou eu; vocês amanhã.”

É cedo pra dizer que a Câmara está livre da influência nefasta de Eduardo Cunha e papo furado que a partir de agora as alianças e a relação entre os poderes serão pacificadas, construídas com diálogo.

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