Como é que é? O ex-diretor que Dilma demitiu pra ‘higienizar’ Furnas foi nomeado no governo interino a pedido de Romero Jucá?

Como é que é? O ex-diretor que Dilma demitiu pra ‘higienizar’ Furnas foi nomeado no governo interino a pedido de Romero Jucá?

romero

É isso mesmo.

Quem bancou a nomeação foi Romero Jucá, que caiu do primeiro escalão após ser flagrado em gravações tramando o fim da Operação Lava Jato.

Luiz Henrique Hamann, que foi demitido por Dilma Rousseff da diretoria financeira de Furnas pra parar a sangria na empresa, agora é diretor de Distribuição da Eletrobras.
É o cara que Delcídio do Amaral denunciou na delação premiada como o estopim da revolta de Eduardo Cunha com a presidente afastada.

Segundo Delcídio, em 2011, “logo no início de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff fez mudanças na diretoria da empresa Furnas Centrais Elétricas devido a negócios suspeitos.

DITO-POR-DELCÍDIO

Diz o trecho da delação:

“Que em relação a Furnas, Dilma teve praticamente que fazer uma intervenção na empresa para cessar as práticas ilícitas, pois existiam muitas noticias de negócios suspeitos e ilegalidade na gestão da empresa”.

E mais:

“Que questionado até quando durou o esquema de ilegalidades de Furnas, respondeu que até uns quatro anos atrás, quando Dilma mudou a diretoria, ou seja, até a penúltima diretoria; Que esta mudança na diretoria de Furnas foi o início do enfrentamento de Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, pois este ficou contrariado com a retirada de seus aliados de dentro da companhia”

O Jornal GGN lembra que “Na época, Dilma promovia uma “faxina” no setor de energia, e a partir de então comprou briga com uma parte do PMDB ligada a Eduardo Cunha. O conselho de administração de Furnas fez uma reforma em sua cúpula, com a saída de Hamann, de Mario Márcio Rogar, diretor de Engenharia e Márcio Antônio Arantes Porto, de Construção.
Hamann e Porto eram indicações do PMDB. Rogar era ligado ao PR. As demissões irritaram Valdir Raupp; o então líder do governo no Senado, Romero Jucá, o ex-líder da bancada, deputado federal Henrique Eduardo Alves e, claro, Cunha.”
Parece até mentira, mas é a pura verdade.

Vai ficar cada vez mais roco o coro dos manifestantes pró-impeachment sobre a ‘falta de traquejo’ de Dilma para manter alianças e garantir a governabilidade.
Temer, pelo visto, sabe o caminho das pedras.

Como bem disse o jornalista Dimas Ferreira, “Na boa, galera: que tal a gente esquecer esse papo sobre corrupção?”

Tá ficando cada vez mais feio.

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