Por meses as maiores Centrais Sindicais se afastaram por falta de consenso sobre o impeachment de Dilma Roussef. Ao menos com relação aos direitos dos trabalhadores, há consenso: é golpe!
O deputado federal Paulinho da Força, presidente da Força Sindical, chegou a exibir em sessão na Câmara uma faixa com a frase: “o Brasil não aguenta mais você, caia fora”.
Mas, o presidente interino conseguiu unir novamente os movimentos sindicais contra as propostas de reformas trabalhistas e na Previdência.
Em assembleia, as seis maiores Centrais Sindicais aprovaram um documento único com críticas pesadas às propostas de Temer para a recuperr a economia apertando o pescoço dos trabalhadores.
“Hoje vivemos uma situação de calamidade, com doze milhões de desempregados. Não bastasse esta grave situação, existe uma forte tentativa de desmonte das políticas de inclusão social que estão na Constituição de 1988, e de outras conquistadas anteriormente, com muita luta, pelos trabalhadores, como a aposentadoria por tempo de contribuição”, declara Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Wagner Freitas, aparou as arestas e convocou todos à lutar juntos contra as reformas: “O que nos deixa unificado é a não retirada dos diretos dos trabalhadores, não mexer na CLT, na jornada de trabalho”.
Estão programados protestos em várias capitais nesta sexta-feira, quando acontece a abertura dos jogos olímpicos.
Só em regiões próximas ao Maracanã, sete foram anunciados.
Temer está na mira.
Os movimentos sindicais querem aproveitar os holofotes da imprensa internacional para dar visibilidade às manifestações.