No distrito ribeirinho de Nazaré, há 150 quilômetros da Capital, Porto Velho, a comunidade não tem acesso à internet.
O sinal é fraco demais, por isso só os professores desfrutam, em revezamento, da janela virtual para o mundo.
Eles veem as crianças da cidade andando pra um lado e outro o dia inteirinho à caça de pokemons.
Na beira do rio, o menino mira a baladeira com um caroço de jambo pra chamar a atenção do boto tucuxi.
Dia e noite é menino andando pra um lado e outro, pra ver boto chiar.
Menino de beira de rio vive sem fio, sem tomada.
E a infância demora a passar.