Prólogo de Lete, peça de Rodrigo Vrech

Prólogo de Lete, peça de Rodrigo Vrech

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No início era um rio. Só um rio. Veloz, violento, de águas turvas e amadeiradas.

Um rio de cachoeiras intransponíveis, que fizeram nascer ao seu redor uma ferrovia endemoniada.

Um rio que alimentou a ganância do garimpo, e que carrega em seus sedimentos o ouro e suas catástrofes.

Um rio de megawatts. Um rio que enfrentará pela primeira vez as barreiras e as barragens.

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