A dramática realidade que aponta o Tribunal Superior Eleitoral coloca o Brasil numa situação mais negativa que países de maioria muçulmana como o Afeganistão (52ª posição), o Iraque (61ª posição), e a Arábia Saudita (93ª).
Na Câmara Federal são apenas 51 mulheres, o equivalente a 9,9% do total e no Senado muda pouca coisa, só 13.
Isso, apesar das mulheres representarem 5 em cada 10 brasileiros.
O pior é que entre as parlamentares, há quem deponha contra a participação ativa da mulher em cargos de relevância.
A deputada Mariana Carvalho, do PSDB, defendeu o presidente empossado quando nomeou só homens para os ministérios.
Para ela, a mulher deve ocupar espaços de poder “não por ser mulher, mas pela sua competência, qualidade.”
Por essa ótica vesga, seu partido o PSDB, não teve nenhuma mulher competente para indicar a um ministério.
No que diz respeito a incentivar a participação da mulher na política, “entre os partidos, o com o percentual mais alto é o Partido da Mulher Brasileira (PMB), com 43% dos candidatos mulheres – ou 1.923 das 4.477 pessoas participando das eleições pela sigla. Ele é seguido por PSTU (39,4%), PT (33,4%) e Partido Novo (32,6%).”
Na lista de 193 países, o Brasil aparece na 155ª posição em representatividade feminina no Legislativo.