EXCLUSIVO RONDONIAOVIVO – Sociedade levanta suspeita sobre saída de Hildon do MP
Numa sala apertada nos altos de um bistrô em Petrópolis (RJ), quatro homens e duas mulheres se reúnem. Todos estão longe de casa, mais de 3000 quilômetros. Todos são moradores de Rondônia. Neste encontro, as seis pessoas assinam um contrato, se transformam em sócios e começam a gerir uma nova empresa.
A assinatura do pacto comercial, feita bem longe dos olhos do povo de Rondônia, foi no dia 10 de setembro de 2008. Em Brasília, nesta mesma época, o ex-senador Expedito Junior enfrentava um processo de cassação por compra de votos.
Nesta nova empresa se tornam sócios, dois médicos donos de hospitais em Porto Velho, um promotor da vara da saúde com sua esposa e sobrinho. Uma outra mulher, casada com um politico, também entrou na sociedade da empresa aberta lá no Rio de Janeiro.
QUEM SÃO
No caso em questão, o promotor era Hildon Chaves, atual candidato do PSDB a prefeitura da capital. A mulher de ‘politico’ era a esposa de Expedito Junior, empresária Val Ferreira, que também possui uma Factoring (troca cheques) em Brasília.
A empresa constituída foi a HLC Educacional Ltda, localizada na rua Padre Siqueira, 325, sala 8 em Petrópolis. No local funciona desde 2008, o Niko’s Bistrô. Na atividade principal, cursos de treinamento e desenvolvimento profissional e gerencial, CNPJ 10.512.511/0001-46.
A empresa não tem nome de fantasia e na internet não se encontra nenhum serviço prestado pela suposta escola. A HLC Educacional consta da declaração de bens de Hildon apresentada ao TRE –Tribunal Regional Eleitoral. A produção ligou para os telefones disponíveis, mas ninguém atende.
ESTRANHO
Por uma questão de ética, o promotor não poderia e nem deveria se tornar sócios de donos de hospitais, de quem ele tinha mister função de fiscalizar. Uma incongruência sem limites.
A descoberta desta empresa aberta em 2008 pode ter levado a seu pedido de aposentadoria precoce em 2013, segundo fontes do Ministério Público. Também estranho, médicos de Rondônia abrirem uma empresa de educação lá no RJ.
Sua sociedade com a mulher de Expedito Junior, também deixa claro que Hildon tem grupo politico, que por sinal, também é acusado, cassado e condenado por corrupção. Sua sociedade com Val Ferreira, justamente quando Expedito era investigado por compra de votos também levanta suspeita. A ex-candidata e sócia também foi condenada juntamente com seu marido.
Realmente Hildon não precisa se aliar a grupos políticos. Ele faz parte um grupo, sendo efetivamente sócio da esposa de Expedito Junior. O candidato tucano deve com urgência conceder uma entrevista coletiva para dirimir dúvidas.