Outras 972 escolas estão ocupadas no país pelo mesmo motivo, 3 delas em Rondônia. Estudantes protestam contra aprovação da PEC 241
Do Folha do Sul
Autor: Herbert Weil
Dezenas de estudantes estão, desde a noite de ontem, impedindo a realização de aulas no campus do IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia) de Vilhena. A ocupação da instituição é a forma que os jovens encontraram de chamar a atenção para seu protesto contra a PEC 241.
De acordo com a liderança do movimento, quase 90% dos estudantes do Instituto são favoráveis à ocupação. A liderança do movimento não estipulou prazo para a ocupação acabar, mas esperam ver as exigências atendidas.
Embora o movimento esteja ligado aos protestos de rua realizadas neste mês, que reivindicaram várias exigências, como a rejeição da PL 257, reavaliação das reduções de orçamento do IFRO, implantação do passe livre e transporte público, inauguração do centro de convivência no complexo e outra, a ocupação se concentra com uma única exigência: a rejeição da PEC 241.
Apenas 30% das atividades do campus devem continuar. Contudo, as aulas estão suspensas. Alunos, professores e qualquer pessoa “não-autorizada” pela liderança do movimento serão impedidos de entrar. A FOLHA DO SUL foi o único jornal que acompanhou a mobilização desde a quarta-feira a noite, quando um “aulão público” se revelou ser a declaração oficial de ocupação do prédio.
Segundo os líderes do movimento, “a intenção é chamar a atenção. Queremos que todos saibam que somos contra a PEC 241. A paralisação é legal e não tem nada de criminosa. Em várias cidades de São Paulo os alunos conseguiram resultados, porque não podemos conseguir aqui também? Basta acreditar”.
Muitos pais se manifestaram contra a ocupação, outros garantiram apoio integral. A mesma situação se deu entre os professores e a comunidade presente. O deputado federal Expedito Neto, único parlamentar rondoniense que votou contra a PEC 241, enviou vídeo apoiando o movimento.
Outra 972 escolas estão ocupadas no país pelo mesmo motivo, 3 delas em Rondônia.
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