Quando afastada definitivamente por 61 votos a 20 no Senado Federal, a presidenta Dilma Rousseff profetizou: “não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. A história será implacável com eles.”
E nesta segunda-feira (05), depois de Eduardo Cunha, caiu mais um articulador do golpe contra a democracia.
Renan Calheiros, investigado em mais de uma dezena de denúncias e que recentemente virou réu pelo crime de peculato, foi afastado da presidência do Senado por força de uma liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A bem da verdade, ele deveria ter sido afastado quando vazaram os áudios em que tramava contra a Lava Jato com ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, por flagrante ameaça à obstrução das investigações.
Antes tarde do que nunca, por uma iniciativa do partido Rede Sustentabilidade, ele teve que deixar o cargo em razão de estar na linha sucessória da Presidência da República.
A decisão é provisória e ainda passará pelo referendo do plenário do Supremo, o que ainda não tem data para ocorrer.
“Defiro a liminar pleiteada. Faço-o para afastar não do exercício do mandato de Senador, outorgado pelo povo alagoano, mas do cargo de Presidente do Senado o senador Renan Calheiros”, decidiu o ministro Marco Aurélio.
O senador Jorge Viana, do PT, é quem assume na condição de primeiro vice-presidente.
Sobre a ação pendente na qual a Rede pede que o Supremo declare que réus não possam fazer parte da linha sucessória da Presidência da República, o gabinete do ministro Dias Toffoli, informou que o ministro tem até o dia 21 de dezembro para liberar o voto-vista, data na qual a Corte estará em recesso.
Até lá, quem segue na ponta dos pés, com água chegando ao pescoço é Michel Temer, o golpista que assumiu a presidência para impor ao país um plano de governo recusado nas urnas.
Mais do que nunca, Fora Temer!
O sociólogo Emir Sader lançou uma aposta no facebook hoje, “quem sobra antes: o Temer ou o peru de natal?”