CAMPANHA SUGERE BOICOTE À BOCA LIVRE DA IMPRENSA COM SENADOR VALDIR RAUPP

CAMPANHA SUGERE BOICOTE À BOCA LIVRE DA IMPRENSA COM SENADOR VALDIR RAUPP

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O tradicional jantar natalino que o senador Valdir Raupp (PMDB) oferece há 18 anos aos profissionais da imprensa rondoniense pode ser marcado por constrangimento.

São poucos os que resistem à comezaina com direito à selfies com o casal Valdir e Marinha Raupp, representantes do Estado na Câmara e Senado.

Os profissionais da imprensa são atraídos pela boca e com a desculpa de que o jantar é uma forma de homenageá-los.

Rola até sorteio de brindes e o casal Raupp fatura com a divulgação das ações parlamentares durante do ano.

Só que este regabofe, com data prevista para o próximo dia 16, em local ainda não divulgado, tem gerado polêmica na redes sociais.

Um boicote está sendo sugerido nas redes sociais, porque muita gente não quer saber de publicidade da prestação de contas do mandato do senador, mas explicações sobre seu suposto envolvimento no esquema criminoso que sangrou a Petrobras.

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Ele já foi citado por delatores da Lava Jato, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e o doleiro Alberto Youssef.

O ex-diretor financeiro da BR, Nestor Cerveró afirmou que Valdir Raupp “tinha influência na indicação de fornecedores da área de TI da subsidiária da estatal petrolífera.”

Até um irmão do senador está na mira da Força-tarefa da Lava Jato, por ter recebido para sua campanha a deputado estadual em 2014, cerca de 900 mil reais em doações de empresas citadas no esquema de propinas da Petrobras.

Na denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), dentro da Lava Jato, Valdir Raupp é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro junto com um cunhado, Paulo Roberto Rocha, e uma ex-funcionária, Maria Cleia de Oliveira.

O senador nega tudo e declarou em nota “que a denúncia oferecida pelo Ministério Público, lamentavelmente, tem equivocada interpretação dos fatos.”

Durante a revelação dos fatos, poucos profissionais e veículos da imprensa rondoniense deram destaque às denúncias dos delatores.

O boicote ao tradicional regabofe oferecido pelo senador aos jornalistas ganha força nas redes sociais, principalmente por quem dispensou a boca livre.

Há quem sempre tenha visto o jantar de confraternização como um verdadeiro cala boca, à imprensa.

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