Ela podia estar se dedicando a um pedido de impeachment de Michel Temer ou à denúncias pra tirar do governo o Romero Jucá, Elizeu Padilha e Moreira Franco, citados na catastrófica delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho.
Mas, não, a musa da imprensa golpista, autora do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Janaína Paschoal, se ofereceu pra inspecionar os banheiros do Parque Ibirapuera, em São Paulo.
É isso mesmo.
Para que os frequentadores do parque não se sintam como se a Rússia tivesse atacado o Brasil, Janaína se ofereceu pra “trabalhar de graça” no monitoramento da limpeza dos banheiros.
Porque usa assiduamente os sanitários, reclamou que estão inadequados desde a última campanha.
Fosse o João Dória mandava dar um trato urgente!
Tomando como exemplo uma de suas célebres frases no golpe, aposto que ela acredita que foi deus que fez com que percebesse o que estava acontecendo com os banheiros e conferisse coragem para se levantar e fazer alguma coisa a respeito.
Quando acabou a sessão do impeachment, a jurista enviou uma recado a Temer através do então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, com o telefone de um assessor parlamentar do Senado: “Ele tem uma dívida comigo. Ele me deve ser o maior presidente de todos os tempos”.
E não é que Geddel caiu?
Melhor mandar logo jogar uma água sanitária nas privadas, dar umas borrifadas de Bom Ar e colocar papel higiênico dupla face.
A sujeira que ela deixou com o impeachment sem crime, o fedor de tantas mãos sujas, vai levar muito tempo pra limpar.
O que Janaína não faz para não cair no ostracismo? Elevada pela mídia golpista à categoria dos ‘juristas famosos, sumiu de cena sem que ninguém reclamasse sua falta.
Restou vigiar banheiro.
Falem mal, mas falem de mim.