O ‘muro comunista’ acabou. Os muros capitalistas continuam lá

O ‘muro comunista’ acabou. Os muros capitalistas continuam lá

euamexico

No Socialista Morena
Cynara Menezes

O recém-empossado presidente dos EUA, o xenófobo Donald Trump, deve assinar hoje o decreto que torna realidade sua mais polêmica promessa de campanha: ampliar o muro já existente entre seu país e o México.

Trump pretende que TODA a fronteira entre os EUA e o vizinho passe a ser cercada. A princípio ele propôs um muro de 3200 quilômetros, mas após engenheiros demonstrarem que seria preciso um volume de concreto suficiente para erguer seis novas pirâmides de Giza, ele reduziu a extensão à metade.
O mais grave é que Trump quer que o governo mexicano PAGUE pelo muro. Ou seja, que o suor dos mexicanos sirva para construir uma estrutura que discrimina a eles mesmos. Segundo o “novo” presidente norte-americano, o México pagará pelo muro “de uma forma ou de outra, com pagamento direto ou impostos”. O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, afirmou que o México não pagará pelo muro, mas, como bom direitista, se disse disposto a ter “uma boa relação” com o governo dos EUA.
Lá se vão 27 anos (completados em novembro de 2016) desde que o muro de Berlim caiu em nome do “fim do comunismo”. Desde então, o capitalismo ergueu outros muros, nenhum deles derrubado em nome de qualquer luta pela democracia. Os muros que continuam de pé em geral separam ricos de pobres. No Brasil chegaram a construir um muro separando o morro Santa Marta da zona Sul do Rio.

Será que, na verdade, o problema não está nos muros em si, mas em quem os constrói? Veja muros pelo mundo que não sofrem tantas críticas quanto o muro de Berlim, com toda a razão, sofria.

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