Não importa ver, mas sentir

Não importa ver, mas sentir

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É o que sugiro a quem não enxerga nada de bom numa crítica, mas mesmo assim sente a força com que ela arrebenta o silêncio.

Há três dias recebo mensagens fundamentadas com ignorância, arrogância e preconceito.

Tudo, porque critiquei a falta de bom senso da PM em impedir a BVQQ de terminar seu desfile faltando 500 metros de percurso.
Por ter utilizado uma estratégia de dispersão de foliões que remete aos anos de chumbo, avançando com carros contra a multidão para desobstruir a via.

Me rogaram muita praga em comentários para que eu ‘precise’ dos serviços da polícia pra aprender a dar valor.

Na verdade, ALGUNS MUITOS querem convencer no grito e com ofensas que a polícia faz um favor à sociedade quando atua em eventos como o carnaval.
O trabalho que escolheram é um fardo e a compreensão de cultura popular é zero.

A ESSES só posso desejar que sejam atendidos por profissionais na rede pública de saúde que os tratem da mesma forma. Que seus filhos tenham professores que também achem que foram nomeados pra ‘fazer o favor’ de educar.

Que sintam o peso de servidores que mandam às favas o dever funcional!

Porque são mal pagos e têm péssimas condições de trabalho, o serviço tem que ser elogiado sempre, nunca criticado.

E que eu não viva pra ver a sociedade se acomodar à essa mentalidade de que serviços públicos pagos pelos contribuintes, não devem ser questionados.

É justamente por isso que todos são precários! Porque o dever é visto como um favor, ninguém tem o direito de reclamar.

Ainda bem que a crítica é como o ar, mesmo quem não consegue ver e compreender, a sente.

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