247 – Com o Brasil semiparalisado por conta da mobilização nacional contra os projetos de reformas da Previdência e Trabalhista de seu governo, Michel Temer afirmou que a sociedade está compreendendo a necessidade de apoiar as medidas econômicas que estão sendo implementadas pela equipe econômica.
“A sociedade brasileira, pouco a pouco, vai entendendo que é preciso dar apoio a este caminho para colocar o país nos trilhos”, afirmou Temer durante um evento voltado para servidores e empresários. Temer, que ignorou solenemente as manifestações registradas nesta quarta-feira (15) contra o seu governo em pelo menos 22 capitais, disse que a sua gestão está buscando “salvar a Previdência Social do colapso”.
Apesar do governo federal preparar uma espécie de contra-ataque contra os setores da sociedade que se posicionam de forma contrária ao projeto de reforma da Previdência encaminhado ao Congresso, temer reconheceu que o texto original poderá “sofrer uma ou outra adaptação” de maneira a se tornar mais palatável para a sociedade.
“Ou fazemos uma reformulação da Previdência Social agora, é claro que poderá haver uma ou outra adaptação e não podemos fazer uma coisa modestíssima, ou daqui a quatro e cinco anos termos de fazer como Portugal, Espanha e Grécia que tiveram de fazer um corte muito maior”, observou.
Ele voltou a criticar os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff ao afirmar que a sua gestão está realizando medidas populares, e não populistas. “Com toda franqueza, tenho seguidamente feito uma distinção entre medidas populistas e populares. As medidas populistas são feitas de maneira irresponsável. Elas têm efeito imediato, cheio de aplausos, para logo depois revelar-se um desastre a absoluto. As medidas populares não têm o aplauso imediato, mas têm o reconhecimento posterior”, destacou.