O 15 de março foi de intensas manifestações em todo o país. Houve paralisação no serviço de transportes públicos, fechamento de ruas, congestionamentos e anúncio de greve de professores em algumas capitais.
23 capitais, mais o Distrito Federal, tiveram protestos contras as reformas da previdência e trabalhista propostas por Michel Temer.
As ruas vermelharam, mas no meio havia muita gente que pouco tempo atrás defendia o golpe que catapultou o vice decorativo à presidência da república.
Pela primeira vez amigos que a polarização do debate político antes, durante e depois do golpe afastou, se uniram.
Se Temer queria pacificar os ânimos, a reforma da previdência sugerida indica que é possível, só que contra o governo.
A possibilidade do trabalhador morrer sem usufruir da aposentadoria fez os protestos de hoje mais significativos.
Das ruas ecoou o apelo para que deputados e senadores não aprovem a PEC 287.
Os manifestantes cobraram nominalmente seus representantes na Câmara e no Senado e alguns já manifestaram voto contrário nas redes sociais.
Se política é como feijão que só fica bom com pressão, Temer que esqueça os ‘fantasmas’que o assombram e ouça as vozes das ruas.
O problema é que além de medíocre, Temer é cínico.
Sobre a reação contra as reformas que propõe disse que “A sociedade brasileira, pouco a pouco, vai entendendo que é preciso dar apoio a este caminho para colocar o país nos trilhos”.
A ele, dediquemos o verso de sua autoria.
“Não teria sido mais útil silenciar?
Deixar que saibam-te (sic) pelo que parece que és?”