Ele nasceu no Pará, viveu no Rio Grande do Norte e virou figura emblemática da cena cultural de Porto Velho.
Seu Calixto, o Francisco Calixto que dá nome ao bar com 43 anos de história, localizado na esquina das ruas Jaci-Paraná e Brasília.
O Bloco Calixto & Cia, uma dos mais tradicionais do carnaval de Porto Velho também foi criado em sua homenagem. Ele desfilava em cima do trio, sentado numa cadeira, todo de branco.
Seu Calixto permitiu todo tipo de festa popular em seu estabelecimento, promovendo como um dos redutos de cultura mais produtivos da capital, o bairro de Nossa Senhora das Graças, de Santa Bárbara. Lá nasceu o bloco com seu nome, o projeto Samba Autoral, o Pagode dos Amigos e onde a Escola de Samba Asfaltão realiza seus eventos.
O Bar do Calixto é um refúgio da boa música e da amizade.
Lá ele contava muitas histórias, mas não era de explicar muito as coisas. Às vezes, parecia o personagem do folclore nordestino, ‘Seu Lunga’, mas sem jamais espantar clientes ou amigos.
Diz que uma vez um garotinho comprou arroz na taberna e minutos depois voltou pra devolver. A mãe teria reclamado que o arroz estava todo quebrado. “Ela vai comer o arroz inteiro ou mastigar pra engolir?, teria dito Seu Calixto.
Sem dúvida, um morador que jamais será esquecido por tudo que plantou no imaginário popular. A esquina que tem festa o ano inteiro, onde fica seu bar, perdeu o morador ilustre.
Seu Calixto deixa esposa e três filhos, muitos netos e bisnetos.
Um hora dessas, poetas e compositores já estão escrevendo sobre ele.
Quem promove tradições não morre.