Com 1/3 do ministério sob investigação, Temer não afastará nenhum

Com 1/3 do ministério sob investigação, Temer não afastará nenhum

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No 247
Por Tereza Cruvinel

Os nove ministros que serão alvos de inquérito por autorização do ministro Luiz Fachin representam um terço do ministério de Michel Temer mas todos serão mantidos em seus cargos. Segundo parlamentares da base governista, prevalecerá a decisão já anunciada por Temer, quando das denúncias contra ele e Padilha, de que afastará provisoriamente os que se tornarem réus e definitivamente os que forem condenados. Como nada disso deve acontecer em seu mandato, este será o governo com o maior número de acusados de corrupção de toda a história republicana. Aliás, delatado, o próprio Temer só não é investigado porque desfruta da imunidade temporária, em se tratando de atos cometidos fora do exercício do mandato, quando ainda não assumira o cargo.

Mas se as investigações comandadas por Janot correrem céleres, Temer pode ter que presentear o Brasil com mais uma situação singular. Se Janot apresentar as denúncias a curto prazo, os denunciados terão que ser afastados temporariamente, caso Temer honre a promessa. Isso terá que valer inclusive para seus dois arqueiros palacianos, Moreira e Padilha. E nós, pagadores de impostos, vamos bancar o afastado e o substituto. Afastado não perde o foro nem as vantagens do cargo.

A degradação se completa com a inclusão na lista de mais de um terço do Senado e 10% da Câmara dos deputados mas o pior é que estamos nos acostumando com tudo isso. Tudo já era esperado e faz parte de uma história conhecida, embora não conheçamos seu final.

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