A conta na Suíça era controlada por Cláudia Cruz com despesas de cartão de crédito no exterior superiores a US$ 1 milhão de dólares.
Mas, para o juiz Sérgio Moro, a mulher de Eduardo Cunha não sabia de onde vinha a bufunfa incompatível com o salário e o patrimônio lícito do marido. Agiu, portanto, sem dolo.
Moro absolveu dos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas, no âmbito da operação Lava Jato.
Para ele faltaram provas de que a jornalista gastou dinheiro sabendo que era fruto de propina recebida pelo maridão.
Para o Ministério Público Federal “quase a totalidade do dinheiro depositado na Köpek (99,7%) teve origem nas contas Triumph SP (US$ 1.050.000,00), Netherton (US$ 165 mil) e Orion SP (US$ 60 mil), todas pertencentes a Eduardo Cunha.”
Até 20 de junho o juiz deve apresentar sua decisão final no processo do tríplex do Guarujá (SP) em que o ex-presidente é réu.
Não há nada que prove que o apartamento é de Lula, mas o Ministério Público tem convicção de que uma reforma que teria sido planejada pelo petista, segundo a palavra de delatores, indica que ele seria o verdadeiro proprietário.
Com a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro, Moro não foi ‘generoso’ como foi com Cláudia Cruz. O juiz negou a absolvição sumária mesmo com a absoluta ausência de provas.