AÉCIO NÃO TINHA SÓ CONFIANÇA NA IMPUNIDADE. TINHA CERTEZA

AÉCIO NÃO TINHA SÓ CONFIANÇA NA IMPUNIDADE. TINHA CERTEZA

Foi surpreendente saber que o senador afastado, Aécio Neves, guardava provas robustas que podem demonstrar seu envolvimento em vários crimes.

No tribunal virtual fala-se em amadorismo e confiança na impunidade.

As buscas da polícia federal em endereços do senador afastado resultaram na apreensão de “comprovantes de depósitos e anotações manuscritas” identificadas como caixa 2. Como não havia nada referência à caixa 1, caixa 3, caixa 4, resta evidente que não era mero modelo de organização de documentos.

Caixa 2, só pode ser operação financeira ilegal.

Por que o tucano matinha um aparelho bloqueador de sinal de celular, ninguém sabe. Mas, pra coisa lícita não devia ser.

O fato é que ninguém esperava de Aécio Neves, neto de uma figura tão emblemática da política brasileira como o ex-presidente Tancredo Neves, tamanha tranquilidade sendo um dos investigados na Operação Lava Jato que já levou muito peixe graúdo para atrás das grades.

Não era só confiança na impunidade, mas absoluta certeza de que a polícia jamais bateria na porta de um herdeiro da plutocracia, muito menos pra revirar e apreender suas coisas.

Aécio é da casta que manda e prova disso é que a polícia apreendeu planilhas com nomes de indicados para cargos federais e dados de empresas gigantes que operam no país.

O inconformismo do tucano com a derrota na disputa presidencial foi o estopim para o golpe com vestimenta jurídica.

De lá pra cá, o triunfo e queda de uma plutocracia canalha que honra os princípios da concentração de riqueza, detalhados por Noam Chomsky no Requiem Para O Sonho Americano.

Estão lá como meta da plutocracia a redução da democracia, o redesenhar da economia, o deslocar do fardo de sustentar a sociedade para os pobres e classe média, o desprezo à solidariedade, o controle dos reguladores e das eleições, a ralé na linha, a fabricação de sensos comuns para criar consumidores e a marginalização da população.
Basta olhar para Aécio como representante legítimo dos que concentram poder para entender as reformas propostas no pós-golpe.

E pra compreender por que ele foi tão descuidado com provas contra si, só resta supor que tinha certeza de que jamais cairia na vala comum dos que recorrem a crimes como meio de sobrevivência.

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