Em meio a polêmica, China inaugura festival de carne de cachorro

Em meio a polêmica, China inaugura festival de carne de cachorro

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Na BBC

Um tradicional festival de comércio de carne de cachorro começou nesta semana na cidade chinesa de Yulin, em meio a polêmicas e dúvidas quanto a sua realização neste ano.

O Lychee, também chamado de Festival Yulin de Carne de Cachorro, acontece anualmente na província de Guangxi.
No início deste ano, ativistas americanos de proteção animal haviam divulgado a informação de que autoridades chinesas teriam advertido os participantes a não comercializarem carne de cão.

No entanto, donos de barracas de comida disseram à BBC que não receberam nenhuma orientação oficial do tipo. E funcionários públicos locais confirmaram que não houve proibição.

Nesta quarta-feira, já havia relatos de cães abatidos sendo pendurados em ganchos para serem comercializados no mercado de Dongkou, o maior da cidade.

O policiamento também foi reforçado, e uma ativista americana disse ter sido impedida de entrar em um mercado local.
Em edições anteriores, houve brigas entre proprietários de barracas e ativistas, que tentavam resgatar os cães para evitar seu abate.

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Mas o crescimento no número de cachorros de estimação no país – há 62 milhões de cães domésticos registrados – tem levado parte da população a gradualmente mudar sua opinião sobre o consumo da carne e a engrossar os protestos contra ele.
Ao mesmo tempo, a ampla cobertura midiática negativa sobre o evento incomoda as autoridades de Yulin. Em 2016, eles proibiram o abate de cães em público, se antecipando a protestos.
O governo de Yulin também reitera que não organiza oficialmente o festival, e por isso não poderia proibi-lo.
Neste ano, há relatos de que os abates públicos diminuíram. Ativistas estimam que, em alguns anos, cerca de 10 mil cães e gatos chegaram a ser mortos e comidos durante os dez dias de festival.

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