Nos atos convocados pela Frente Brasil Popular e Centrais Sindicais, foi a primeira vez que um senador esteve presente. Acir Gurgacz, que votou a favor de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, chegou a ser vaiado e chamado de golpista, mas lideranças da organização acalmaram o protesto contra ele, de olho no voto contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer.
Ele acha que a Reforma Trabalhista será aprovada, mas garantiu que vai conversar com os parlamentares pra tentar mudar o resultado. É ver, para crer.
“Estamos juntos. Minha preocupação maior é com a Reforma da Previdência que só tem coisas ruins.”
Para o senador, a situação econômica e política do país piorou, colocando em descrédito não só o governo, mas o Congresso Nacional, o que impõe a necessidade de se antecipar as eleições para que o povo eleja o novo presidente.
“O que está acontecendo agora é reflexo do impeachment. De uma quebra de uma eleição direta que foi interrompida. É um efeito colateral.”
Acir estava com o vice-governador Daniel Pereira, que também teceu duras críticas aos governo Temer.
A greve geral é também para derrubar o governo ilegítimo que está encurralado por denúncias de corrupção contra o presidente e seus ministros. Em Porto Velho, na segunda greve foi menor a participação, mas o suficiente para chamar a atenção contra as reformas Trabalhista, da Previdência e contra a Lei da Terceirização.
Dezenas de sindicatos, associações, representantes de várias entidades e movimentos sociais voltaram às ruas do centro para dizer não à perda de direitos conquistados ao longo de décadas com muita luta.