Álbum encerra jejum de seis anos sem inéditas, após a publicação de Chico
Por: Luiza Maia – Diário de Pernambuco
Após seis anos sem o lançamento de discos ou singles e repetidas respostas negativas da assessoria de imprensa sobre um novo projeto, o próximo álbum de Chico Buarque, enfim, foi confirmado oficialmente. Ainda sem título anunciado, o projeto está previsto para o início do segundo semestre, pela Biscoito Fino. A data está em aberto e dependerá “do prazo de mixagem e dos prazos industriais de prensagem e produção gráfica”. A informação foi passada ao Viver.
Desde o início de 2016, notas sobre a retomada da verve musical de Chico Buarque tem sido publicadas em jornais e sites. Ao fim do ano, a assessoria do artista negou que ele já estivesse em estúdio, como noticiado. O mais recente disco de inéditas dele foi Chico, de 2011, publicado cinco anos depois de Carioca, de 2006. Ambos ganharam versões ao vivo, gravadas durante as turnês, nas quais Pernambuco foi contemplado.
Embora sem gravar para projetos próprios, Chico fez participações em vários discos recentemente. Fez dueto com Roberta Sá (Se for pra mentir, em Delírio no circo), Lúcia Menezes (Desencontro, em Lúcia) e a portuguesa Carminho (Falando de amor, em Carminho canta Tom Jobim). Além disso, em abril, ele integrou uma homenagem ao centenário de Pixinguinha, promovida pelo Instituto Moreira Salles: uma versão de Carinhoso interpretada por Zélia Duncan, Monarco, Chico, Joyce e Carminho.
O próximo disco dá sequência à intercalação entre livros e discos na carreira do artista. A obra mais recente foi O irmão alemão (2014), romance vencedor do prêmio Roger Caillois, na França, inspirado no familiar que nunca chegou a conhecer, filho de Sérgio Buarque de Holanda. Entre Carioca e Chico, escreveu Leite derramado (2009), também premiado (Prêmio Jabuti de Livro do Ano em 2010, resultado polêmico, pois ficou em segundo na categoria Romance).