Na pesquisa feita em junho, ideias associadas à esquerda ou centro-esquerda superaram na preferência da população as atribuídas à direita ou centro-direita, revertendo quadro de 2014
Na Revista Fórum
Pela pesquisa Datafolha feita entre 21 e 23 de junho, as ideias atribuídas à esquerda ou centro-esquerda tiveram crescimento na preferência da população, com 41%, contra 35% apurados em setembro de 2014. As ideias de direita e centro-direita ficaram com 40% do total, antes eram 45%. O centro manteve-se com 20%. Mostrando uma grande divisão do país.
Segundo o instituto, subiu, por exemplo, de 58% para 77% a parcela que acredita que a pobreza está relacionada à falta de oportunidades iguais para todos. Já a que crê que a pobreza é fruto da preguiça para trabalhar caiu de 37% para 21%. A “tolerância à homossexualidade” também subiu de 64% para 74%, a aceitação de migrantes pobres, de 63% para 70% e a rejeição à pena de morte, de 52% para 55%.
O levantamento anterior foi feito em setembro de 2014, e a principal mudança sentida foi “maior sensibilização do brasileiro a questões que envolvem a igualdade, possível reflexo da crise econômica e do alto desemprego que atingem o Brasil nos últimos anos”, afirma o texto que apresenta a pesquisa.
Mas alguns aspectos relacionados às ideias de direita-centro também avançaram. Como o direito do cidadão de possuir uma arma legalizada, que era defendido 35% da população e agora passou para 43%. Sobre drogas, a opinião se manteve estável , com prevalência da defesa da proibição, que caiu dentro da margem de erro. Em 2014, 82% queriam a proibição, agora, são 80%.
Na economia, a maioria quer pagar menos impostos (51%) e depender menos do governo (54%), posições atribuídas à direita, mas considera que o Estado deve ser o principal responsável por fazer a economia crescer, 76%, ideia defendida por progressistas.
*Com informações do Datafolha