ARRAIAL FLOR DO MARACUJÁ COMEÇA SEM REPASSE DA PREFEITURA

ARRAIAL FLOR DO MARACUJÁ COMEÇA SEM REPASSE DA PREFEITURA

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A 36ª edição do arraial mais tradicional da capital, um dos maiores da região Norte, começou nesta segunda-feira (3) e vai até o próximo dia 16.

O Flor do Maracujá é um símbolo de resistência da cultura popular e sobrevive graças à determinação dos grupos folclóricos em proteger a tradição junina que foi adiada este ano para julho.

Prova disso é que mais de 33 grupos folclóricos, incluindo quadrilhas e bois-bumbás começaram as apresentações sem ter recebido o repasse de 200 mil reais prometido pela prefeitura.

Repartido, o recurso dá uma esmola de cerca de 6 mil reais para cada quadrilha do grupo especial e 8 mil reais para os bois.

Quem ousa apontar defeitos nas apresentações, devia pensar sobre o sacrifício que é manter a qualidade, daí a beleza imensurável de cada grupo.

As quadrilhas, diferentemente dos bois, têm ainda o desafio de competir, precisam caprichar.

O puxa-encolhe no processo de liberação do recurso fez o Arraial Flor do Maracujá começar quando deveria estar terminando.

Está em andamento o trâmite que já provocou prejuízos.

Um deles é com relação à contratação da Banda Rabo de Vaca, de Manaus, feita às pressas por 12 mil reais, porque a prefeitura não cumpriu a promessa de trazer o show do grupo Falamansa.

O dinheiro que bancaria a apresentação de duas quadrilhas vai para cobrir o show.

Só quem não sabe como se faz cultura popular em Porto Velho, não valoriza quem faz.

Entra governo, sai governo, a realidade é essa.

É assim também com os blocos de carnaval e com as escolas de samba, todos os anos, com mais ou menos dificuldades.

Na página da Fundação Cultural do município no Facebook, até o momento, sequer tem convite para o Flor do Maracujá.

Tá por ser eleito um prefeito que abrace a questão da cultura senão com amor, respeito.

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