247 – Um Congresso Nacional formado majoritariamente por corruptos, que se venderam a Michel Temer, denunciado por corrupção em razão das propinas pagas pela JBS, salvou, nesta quarta-feira, o governo mais sujo da história do Brasil.
Numa data que ficará gravada na história do Brasil como mais um dia da infâmia, Temer exonerou dez ministros, incluindo seu articulador Antônio Imbassahy, do PSDB, que comprou votos em plena sessão.
A operação para salvar Temer custou cerca de R$ 17 bilhões, em emendas e perdões de dívidas de setores como o ruralista, que ajuda a formar a base de Temer.
Com isso, conclui-se mais uma etapa do golpe dos corruptos contra a presidente honesta Dilma Rousseff – o que deixa o Brasil sequestrado, dominado e governado pelo crime.
Abaixo, reportagem da Reuters, sobre o pronunciamento que será feito por Temer, aprovado por apenas 4% dos brasileiros:
BRASÍLIA (Reuters) – Confiante de que a Câmara irá arquivar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer prepara um pronunciamento em que tentará passar a ideia de que a crise política acabou e é hora de preparar o terreno para levar adiante as reformas, entre elas a previdenciária, a política e a tributária, disseram à Reuters fontes próximas ao presidente.
“O tom é de preparar o terreno para a aprovação da reforma da Previdência e a reforma da cultura política”, disse uma das fontes.
O presidente assiste ao andar da votação em seu gabinete, com alguns auxiliares próximos, e finaliza o pronunciamento. O tom, mais ou menos entusiasmado, só será definido quando Temer tiver a noção exata de sua vitória na Câmara.
“O tom vai variar conforme o placar”, disse a fonte.
As últimas estimativas feitas pelo deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo, apontavam para cerca de 300 votos a favor de Temer.
A agenda de reformas é a grande aposta de Temer para mostrar que o governo se mantém forte, e deve recomeçar as negociações já nos próximos dias. A intenção é fazer com que o Congresso retome sua pauta em seguida, começando com a retomada da votação do Refis nos termos acertados com o Planalto.
O governo também deve chamar os líderes das bancadas já na próxima semana para ver como está a disposição dos deputados para a votação da reforma da Previdência.
“Mesmo com um resultado positivo não há como transferir os números da votação da denúncia para a reforma. Há quem vote contra o presidente e vote pela reforma, e o contrário também é verdadeiro”, disse outra fonte.
Outra preocupação é a reforma política, que precisa ter algo aprovado até setembro para valer nas eleições de 2018. “O presidente quer incentivar o tema para que ele avance”, disse a fonte.