Por Fernando Brito, do Tijolaço – Quem quiser ter uma ideia do que seria o parlamentarismo no Brasil, leia a reportagem da Agência Estado com dirigentes do PP e PSD produzida pelo Estadão.
Dizem que vão parar as votações econômicas na Câmara se Michel Temer não redistribuir os doces do Governo segundo o “bom comportamento” dos meninos parlamentares. Dizem “na lata”, sem medo de serem fisiológicos:
“É isso que precisa ficar claro. É cargo que faz ter essa calmaria política, se for, resolva o problema dos cargos. Não, são as emendas impositivas. Resolva as emendas impositivas”, disse Marcos Montes, do PSD.
A chantagem é clara, explícita, obscena:
Se chegar (uma segunda denúncia) num cenário desses, é o fim da linha para o presidente”, afirmou ao Estadão/Broadcast o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), ruralista como o colega e habitante da Operação Taturana, que apurou a ação de uma quadrilha se apropriava de recursos da Assembleia de Alagoas, através de sua folha de pagamentos, com a inclusão de funcionários fantasmas e laranjas.
Mas isso não vai ficar assim. Com o “distritão”, vai mandar a “nobreza de província” e aí a coisa fica mais clara.