Há 1 ano, o Congresso Nacional, com a mídia, com o STF, com tudo, sacramentaram um golpe que tirou o poder do povo de escolher seu destino, bem ou mal, por força do voto.
O golpe de 2016 se revelou mais que um projeto político da direita corrupta e incompetente, um plano nefasto pra liquidar o país e extinguir direitos de quem tem menos pra dar a quem tem mais.
O que estamos vivendo de transformações abomináveis hoje, jamais seria autorizado nas urnas.
Mas, a passividade com que o brasileiro encara suas perdas mantém o jogo, o golpe.
Não tem adiantado uma e outra movimentação pra acabar com a diversão dos golpistas. Só o povo todo se levantando impediria os canalhas de apostarem milhões de vidas e riquezas do país.
De tudo que me angustia desde que o Senado afastou definitivamente a presidenta eleita, sem crime, a covardia do povo é o pior.
A meus filhos e netos, fica o registro de que me levantei e lutei ao lado da parcela de brava gente brasileira.
Repito Darcy Ribeiro, que foi citado por Dilma ao deixar o poder de cabeça erguida: “Detestaria estar no lugar de quem me venceu.”
Suporto as mesmas perdas e vivo sob as mesmas ameaças, mas não me envergonho quando encaro o espelho e aos meus.