DCM: Além de patinar nas pesquisas para presidente, PSDB não tem nomes fortes nos maiores estados

DCM: Além de patinar nas pesquisas para presidente, PSDB não tem nomes fortes nos maiores estados

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Do Valor – Embora o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, João Doria, não apareçam entre os primeiros colocados nas pesquisas para presidente, os tucanos habituaram-se a repetir que “é um privilégio” ter dois nomes teoricamente competitivos para a principal disputa de 2018. O mesmo, porém, não pode ser dito sobre as eleições estaduais na maior, mais rica e mais influente região do país, o Sudeste. A um ano da eleição, o PSDB não tem candidato próprio e nem esboço de estratégia na área que reúne os três Estados mais importantes do ponto de vista eleitoral: São Paulo, Rio e Minas. De quebra, também não tem nome próprio no Espírito Santo, o quarto Estado da região.

A situação é duplamente preocupante para os tucanos. Primeiro pelas circunstâncias específicas de cada Estado. Segundo porque a ausência de nomes regionais fortes nas áreas populosas representa considerável vulnerabilidade para a disputa presidencial. Em 2014, a sigla naufragou no primeiro turno da eleição pelo governo de Minas, justamente o Estado do seu então candidato à Presidência, Aécio Neves. Após a vitória da petista Dilma Rousseff, não foram poucos os analistas que citaram o desempenho frustrante em Minas como explicação para a derrota tucana.

São Paulo é dominado pelo PSDB desde 1995, quando Mário Covas assumiu. Em 22 anos, o ocupante da cadeira principal do Palácio dos Bandeirantes não foi tucano só durante alguns meses de 2006, quando o então vice, Cláudio Lembo (PFL, atual DEM), substituiu Alckmin para que o titular disputasse a Presidência.

Agora, Alckmin terá que renunciar novamente caso queira tentar saltar para o Palácio do Planalto. O prazo é abril. Mas não há um nome natural no PSDB pronto para ser inscrito como candidato à sua sucessão. Dois se apresentaram: o deputado federal Floriano Pesaro, hoje secretário de Desenvolvimento Social, e o cientista político Luiz Felipe d’Avila, que jamais disputou eleição.

Nenhum dos dois é visto no meio político como nome competitivo de largada. Para vencer, teriam que repetir o surpreendente desempenho de Doria na disputa de 2016, fenômeno que não costuma ocorrer com frequência. E mesmo assim, com mais limitações na comparação direta. Ex-apresentador de TV, Doria já era publicamente conhecido quando entrou na disputa. Milionário, foi beneficiado pela regra que permitia autofinanciamento de parte importante da campanha. Enfrentou o PT no auge da rejeição ao petismo. E disputou um eleitorado geograficamente mais concentrado, o que facilita para quem é neófito.

Em Minas, o senador Antonio Anastasia, ex-governador, é visto internamente como nome competitivo. Mas, segundo tucanos ouvidos pelo Valor, o próprio Anastasia tem repetido que não quer disputar por não vislumbrar chance razoável de vitória.

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