No Tijolaço, por Fernando Brito – A melhor definição que li sobre o impensável apelo de Aécio Neves para permanecer, ainda que “licenciado” na presidência do PSDB, até meados de dezembro, quando se elegerá a nova Executiva do partido foi feita por Cláudio S., um leitor-comentarista do Estadão:
– Na boa, começo a achar que o Aecio é petista. Nitidamente ele quer acabar de afundar o PSDB.
Acho até que o PSDB já afundou, para desespero do senhor Geraldo Alkmin que, a se somar a sua sensaboria de chuchu e ao enfant terrible que pôs na prefeitura paulistana, tem de engolir o velho adversário interno como carga insuportável sobre suas chances eleitorais.
Ao senador Tasso Jereissati, destinatário, Aécio teria feito o pedido:
“Aécio acha que é um ponto importante para ele ficar na presidência até a convenção de dezembro. Ele alega que a renúncia definitiva seria quase uma confissão de culpa. Mas garantiu que não pretende exercer nenhum tipo de atividade partidária, que vai para Minas trabalhar full time em dois pontos: sua defesa e reanimar sua base. Se ele não retoma sua base, seu futuro está em jogo”.
Espera-se que Aécio não vá trabalhar full time na sua defesa com mais algum telefonema pedindo R$ 2 milhões para custeá-la, nem que os mande buscar em malas, por alguém que “se possa acabar com ele” antes que o confesse.
Agora, base e futuro, Aécio tem aonde? Nem em Minas, nem no Leblon. O que vai fazer é se atirar numa desesperada campanha para se eleger deputado federal, com votos de prefeitos do interior, para continuar com mandato e foro no Supremo.
Outro leitor do Estadão dá fecho a esta história, dizendo que apelo é o Brasil que faz a Aécio:
– Caia fora da política e volte para Cláudio para sempre!
Enquanto não for, fica sendo a tornozeleira eletrônica dos tucanos.