O ano se encerra com uma constatação terrível para os políticos que despojaram Dilma do poder e colocaram Temer em seu lugar.
No 247, por Alex Solnik – Ele foi vendido ao país – por eles – como a esperança de um mundo melhor, mas deu tudo errado.
Temer não só conspirou contra a presidente que o elegeu; conspirou e continua conspirando contra todo o país.
E superou Eduardo Cunha no quesito vilão número 1 do país.
É o que explica a sua aprovação acachapante de apenas 3% dos brasileiros.
E ainda falta dizer quem são e onde vivem, pois ninguém os conhece.
Todos os presidentes, desde a criação da reeleição se candidataram e foram reeleitos.
Temer pensar em se reeleger é um delírio.
Temer fazer seu sucessor é outro.
O vazio de poder, a suspeita de que pode cair a qualquer momento e a convicção de que se ele é qualquer um pode ser explica a multiplicação dos presidenciáveis.
Uma reedição da multiplicação dos peixes dos tempos bíblicos.
Dória pensou que se São Paulo o consagrou com uma votação tão estupenda o Brasil não teria como não dizer amém, mas deu com os burros n’água quando as pessoas perceberam que preferia viajar em vez de cuidar da cidade.
Derrubado Dória, a direita que não morde resolveu apostar as fichas num apresentador da Globo, fantoche de Armínio Fraga e companhia bela, um híbrido de Aécio Neves com Silvio Santos.
A fórmula não funcionou em 1989, mas eles não aprendem.
Agora é Henrique Meirelles que se apresenta como candidato a continuar a agenda de destruição do que ainda resta do país.
Não sei de onde ele tirou a ideia de que algum brasileiro o quer na presidência da República.
Quem o conhece?
Quem vai votar em alguém que só prejudicou e empobreceu a maioria da população?
O que ele fez no governo além de aumentar o número de desempregados para 13 milhões?
Temer com certeza não vai elegê-lo, mas, para quem oscila entre 0% e 1% no Ibope o apoio de quem tem 3% não pode ser desprezado.