247 – Pesquisa CUT-VOX Populi divulgada nesta quinta-feira 9 confirma a rejeição dos brasileiros com a reforma trabalhista do governo Temer, que já foi sancionada e cujas regras entram em vigor no próximo sábado, dia 11. Leia Mais
Mês: novembro 2017
Waack e a hipocrisia desmascarada
No 247, por Paulo Moreira Leite – Ocupando um dos mais destacados postos da televisão brasileira, a queda de Willian Waack após a divulgação de comentários de óbvio sentido racista, está destinada a marcar uma fronteira na cultura brasileira. Leia Mais
William Waack se despede do jornalismo da pior forma possível
No 247, por Renato Rovai – A Revista Fórum foi um dos primeiros veículos (senão o primeiro) a publicar o vídeo do jornalista e apresentador William Waack num ato racista. Leia Mais
O charme, segundo Gilles Deleuze
“O verdadeiro charme das pessoas reside em quando elas perdem as estribeiras, quando não sabem muito bem em que ponto estão. Não são pessoas que desmoronam, pelo contrário, nunca desmoronam. Mas se não captar a pequena marca de loucura de alguém, não pode gostar desse alguém. É exatamente este lado que interessa. E todos nós somos meio dementes. Se não captar o ponto de demência da pessoa, eu temo que… aliás, fico feliz em constatar que o ponto de demência de alguém seja a fonte do seu charme. Portanto, vamos ao G! ”
FAMÍLIA OU FAMÍLIAS?
Por Maria Berenice Dias – Durante séculos ninguém titubeava em responder: família, só tem uma – a constituída pelos sagrados laços do matrimônio. Aos noivos era imposta a obrigação de se multiplicarem até a morte, mesmo na tristeza, na pobreza e na doença. Tanto que se falava em débito conjugal! Leia Mais
Deus é mais… Pega a visão!
POLICIAIS BAIANOS LANÇAM MANIFESTO CONTRA BOLSONARO Leia Mais
F5: Luta patronal
VEREADOR EVANGÉLICO QUER IMPOR IDEOLOGIA DO RETROCESSO NAS ESCOLAS PÚBLICAS
A ideia saiu da cabeça do vereador Marcelo Cruz (PTB), evangélico da Igreja Assembleia de Deus que só concluiu o ensino médio, mas quer definir o que é adequado à aprendizagem de alunos da rede pública de ensino.
Tramita na Câmara o projeto dele para ‘preventivamente’ impedir a “inclusão na grade curricular das escolas” do município de Porto Velho, de atividades que visem à reprodução do conceito de ideologia de gênero. Leia Mais
TEMER AMPLIA POBREZA COM AUMENTOS DO GÁS E DA LUZ
247 – A disparada do preço do gás de botijão nos últimos meses já corrói a renda das famílias mais pobres. Há preocupação agora com relação aos repasses às bombas dos preços da gasolina e do diesel, que vêm experimentando sequência de forte alta nas últimas semanas. Leia Mais
A Flor e A Náusea
Hoje meu bom dia é com A Flor e A Náusea, poema do livro A Rosa Do Povo, pra mim o mais valioso de Drummond, parido durante a Segunda Guerra Mundial e a ditadura de Vargas.
Leia, vale a pena.
O poeta de branco, coloriu ruas cinzentas.
Façamos o mesmo.
“Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjoo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre fundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais e soletram o mundo, sabendo que o perdem Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Por fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto
Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros. É feia.
Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia.
Mas é uma flor.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.”