Sempre que perguntam por que critico tanto o prefeito tucano, respondo que ele me transmite falsidade e arrogância. Não esqueço que estou entre os “corrompidos morais” como chamou os que não votaram nele. Quem aderiu a tal ‘corrente do bem’ eram os “constrangidos morais” lembram?
Mesmo que faça um bom governo e espero sinceramente pela cidade que isso ocorra, sempre terei dele a imagem de um homem que não foi sincero e humilde para chegar ao poder. Nem com adversários e muito menos com eleitores.
Vou resumir pra lembrar.
Hildon se elegeu como um homem sem laços políticos, sonegando a informação de que foi sócio da esposa de um senador cassado. Para humilhar o adversário com processos na justiça, o ex-promotor bravateou que nunca foi parar numa delegacia e foi, por conta da Lei Seca. Teve a petulância de dizer que era “capaz de conhecer um bandido com dois minutos de conversa”. Com cinco meses de gestão, seu vice, Edgar do Boi, foi citado por delator da JBS num esquema de pagamento de propina em troca de benefícios fiscais. E não se fala mais no escândalo.
Porto Velho maciçamente optou pela comodidade da ilusão ao desconforto da verdade.
E paga caro por isso.
Em um ano, nada relevante se vê da nova administração. Sequer a promessa de uma equipe “eminentemente técnica” foi cumprida.
Caíram 11 secretários em 12 meses.
“Amplo diagnóstico” e “Tomada de Contas Especial” como medidas emergenciais, esqueça!
A mensagem de fim de ano do prefeito seguiu a linha da pouca humildade e muita arrogância.
“Temos que fazer no meu mandato de quatro anos, tudo o que não foi feito nos últimos 100 anos”, reclamou Hildon para desqualificar todos os que o antecederam e de quebra, potencializar sua imagem como ‘Messias’.
Com modéstia zero, disse que está se inspirando em Juscelino Kubistchek “que fez pelo Brasil em cinco anos o que levaria 50”.
Melhor se apressar, porque só restam três anos e nem equipe pra planejar e se manter tempo suficiente no cargo pra executar ele tem.
Segundo pesquisa da equipe do prefeito, pelo visto, com base em comentários de redes sociais, sua aprovação é de 90%.
Não é o que corre na boca do povo. Foi um ano de duras críticas por medidas que desagradaram o servidor público, o empresariado, o trabalhador informal e sua base aliada na Câmara de Vereadores.
A quase unânime aprovação de sua gestão é mais um engodo.
A cidade espera a modernização prometida com a compensação financeira das usinas hidrelétrica do rio Madeira.
Segundo consta no site da ANEEL, só este ano a capital recebeu R$ 59,871,962.56.
De 2012 pra cá, R$ 187,801,515.52 já teriam sido arrecadados.
Onde e como esse dinheiro vem sendo aplicado, ninguém sabe.
E não é com comentários no facebook que o prefeito conseguirá convencer que o povo aplaude sua gestão.
Hildon recorre ao artifício do discurso persuasivo e messiânico e isso pode lhe render cobranças fatais.
A realidade é também uma ilusão, só que mais persistente, como alertou Einstein.
E quem esquecer como o tucano prometeu transformar Porto Velho de bijuteria a joia, farei questão de mostrar a realidade.
Confira a mensagem do prefeito: