A poesia de Augusto Branco nos 36 anos de instalação de Rondônia

A poesia de Augusto Branco nos 36 anos de instalação de Rondônia

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RONDÔNIA: TERRA DE TODOS OS BRASILEIROS

Mente quem diz que o povo rondoniense não tem cultura.

Estufo o peito e aumento a voz
para dizer justamente o contrário:
Rondônia é um caldeirão de cultura!
Mas não é uma cultura regionalista,
centrada no próprio umbigo,
com dialeto próprio e singular.
Rondônia é multicultural! Cosmopolita, universal!

Aqui é possível ouvir a moça dizendo
que ‘viver em Rondônia é bão demais, uai’,
e o amigo dela a confirmar
‘arre, égua, e como é arretado de bom!’,
e então um terceiro amigo convida todos
pra tomar um chimarrão
ou um tereré nas margens do rio,
que é tri bonito ver os botos nadando.

É o mineiro, o nordestino, o gaúcho,
o paranaense, o goiano,
o mato-grossense, o amazônida,
os descendentes de mais de 50 nações que por aqui passaram
construindo o desenvolvimento desta terra,
que deixaram sua marca nos costumes
e no caráter deste povo tão rico, trabalhador e hospitaleiro.

O rondoniense não sabe só brincar de boi.
O rondoniense coloca a bota, o chapéu
e bate o pé no chão nos bailões das exposições agropecuárias,
e depois vai comer o típico acarajé nordestino
das diversas festas juninas tradicionais no Estado.

O rondoniense toca tambor,
mas toca também saxofone, flauta, a guitarra e o violino.
Toca o carimbó, o rock, o pagode, o clássico e o sertanejo;
dança o jazz e dança o axé,
porque todas estas coisas o rondoniense tem, vive,
respira, e encontra aqui, no quintal de casa.

Não bastasse ser tão rico culturalmente,
e ser agraciado por uma natureza exuberante
que o ignorante diz que é só mato,
mas que possui fauna e flora riquíssimas,
vales de cachoeiras, balneários e outros tantos encantos
de cinco biomas diferentes que possui em nosso Estado,
o rondoniense não se contenta e TRABALHA.

O rondoniense trabalha muito!
É um dos povos mais trabalhadores e empreendedores do Brasil,
e este trabalho é transformado em qualidade de vida
e progresso pra nossa gente,
transformando Rondônia numa estrela que brilha cada vez mais alto,
sendo apontada como exemplo de trabalho,
produtividade e boa governança em nível nacional.

E se em algum momento o digno povo rondoniense
andou de cabeça baixa,
hoje pode dizer com orgulho
que está longe de ser um povo sem cultura,
porque o rondoniense tem é cultura demais,
trabalha demais,
e apesar de ter cada vez mais motivos
para andar de nariz empinado,
continua sendo este povo alegre, humilde, amável e acolhedor
que recebe de braços abertos
aqueles que vêm para o bem
e ajudam a fazer de Rondônia
a terra de todos os brasileiros!

Do poeta Augusto Branco

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