Prefeito que militou pelo impeachment quer repressão a apoio a Lula

Prefeito que militou pelo impeachment quer repressão a apoio a Lula

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Porto Alegre já abrigou no mesmo dia protestos de movimentos a favor e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A torcida do golpe acampou na véspera, montou barracas pra vender bonecos infláveis de Dilma e Lula, levou carro de som e cadeiras pra acompanhar a autorização da Câmara ao prosseguimento da denúncia. Até chegaram a bloquear o trânsito buscando abrigo na sombra que se formou na avenida Goethe.

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Apesar da preocupação com o encontro de militantes por causas distintas, não foi registrado nenhum confronto grave.

Agora…

Como a torcida do golpe já conseguiu o que queria – tirar o PT do poder e destruir direitos da maioria pra bancar privilégios da minoria – deve participar timidamente de manifestações por conta do julgamento de Lula no TRF-4, no próximo dia 24.

Os poucos que foram protestar contra Lula, o farão só pra forçar mais um golpe à democracia, o de impedir sua candidatura que desponta na preferência do eleitorado.

Foi, portanto, pra reprimir apoio ao ex-presidente vítima de perseguição judicial que o prefeito de Porto Alegre, Marchezan Júnior, pediu a Michel Temer que envie ajuda da Força Nacional.

O presidente apontado como chefe de quadrilha em denúncia do Ministério Público Federal, deve atender ao SOS fake.

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O prefeito tucano, militante do MBL, que ensina coreografias de hits nas redes sociais e destila ódio à esquerda, inventou a ameaça de vandalismo não, porque está se ‘borrando’ de medo dos vermelhinhos, mas por ódio à resistência ao golpe e à ditadura judicial seletiva que pretendem implantar.

Marchezan sabe que qualquer mobilização da torcida do golpe na capital gaúcha para que Lula seja condenado em segunda instância, não abafará os protestos em defesa da democracia, anunciados como permanentes pelo Partido dos Trabalhadores.

Pedir ajuda do exército foi o que restou após falhar a tentativa por via judicial de delimitar onde e como manifestações de apoio a Lula deveriam ocorrer no dia julgamento.

O juiz federal Osório Ávila Neto negou o pedido afirmando “que, temores de hipóteses de violência e vandalismo iminente não poderiam justificar a supressão dos direitos constitucionais de manifestação e de ir e vir”.

E disse mais: “A circulação de manifestantes no âmbito do Parque Maurício Sirotski Sobrinho caracteriza exercício legítimo de manifestação e reunião, a qual, se previamente comunicada ao órgão público e se desenvolvida de modo ordeiro (não violento), perfectibiliza legítimo exercício do direito de livre manifestação”.

Alguém duvida que, com ou sem autorização, os apoiadores de Lula e da democracia deixariam de presenciar esse momento histórico que realça a seletiva pressa em julgá-lo e sem provas?

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O TRF4 de Marchezan julgará Lula em 6 meses contra 12 anos de Azeredo.

Só quem não possui nenhum farelo de honestidade, não admite que a pressa em julgar Lula visa unicamente boicotar sua candidatura à presidência.

Não tem nada a ver com justiça, muito menos com o combate à corrupção.

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