Não será fácil o debate político esse ano. Será, aliás, muito mais improdutivo que o travado na eleição de 2014.
Basta ver onde chegamos pra saber onde chegaremos com as polêmicas que rondam os candidatos.
Até que o cenário esteja claro, devo encontrar uma forma de me proteger dos selvagens ao invés de saltar com eles em precipícios. Não quero diariamente, sobreviver com um pouco menos de fé no ser humano.
Não me preparei pra isso.
Acreditei superado o debate sobre a desgraça que foi a ditadura militar.
Confrontar os que defendem o combate à violência com carta branca à polícia para matar? Não tem lógica. Nem aqui, nem em lugar algum do mundo.
Falar o que sobre apologia à intolerância por orientação sexual ou religiosa? Talvez, baste dizer que combater tais preconceitos distingue os que evoluíram à luz do direito, dos marcos civilizatórios.
Vai ser ainda mais desembestado o debate com extremo falso moralismo e ignorância.
Pütz! Vai cansar e doer a luta pela mulher como protagonista de mudanças e não reduzida à estereótipos e obstáculos de meio século atrás.
Pior, defender mulheres que não pensam nisso.
Coitadas… não se tornaram mulher.
Esse ano o dilema não é sobre quem enxerga o copo meio cheio ou meio vazio, mas quem enxerga a água.