Os três pecados mortais da sentença de Moro

Os três pecados mortais da sentença de Moro

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No 247, por Tereza Cruvinel – Dentro de poucas horas os três desembargadores de Porto Alegre dirão se o Brasil se manterá na trilha democrática, já esburacada pelo golpe de 16, ou se enverederá de vez pelo caminho escuro do novo autoritarismo, em que a Justiça se presta ao controle da vontade popular, condenando um candidato sem prova inconteste, para tirá-lo do páreo. Leia Mais

SEGUIDORA DE BOLSONARO, VEREADORA SUGERE ‘TOQUE DE RECOLHER’

SEGUIDORA DE BOLSONARO, VEREADORA SUGERE ‘TOQUE DE RECOLHER’

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É isso mesmo e não é pra rir.

Está no facebook da vereadora Ada Dantas Bouabaid, a pesquisa na qual sugere que estabelecimentos que comercializem bebidas alcóolicas em Porto Velho permaneçam abertos só até meia noite.

Ela usou a Lei Seca como pretexto para saber se seus seguidores apoiam o ‘toque de recolher’. Leia Mais

QUE TIRO FOI ESSE?

QUE TIRO FOI ESSE?

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Por Lelê Teles

o Brasil, hoje, é um garoto negro e pobre, solitário no meio da multidão, deslumbrado com os fogos de artifício dos ricos e os rumores de risos artificias à sua volta.

sem futuro, com frio, com fome e com medo.

o réveillon, como sabemos, essa data que marca a virada de um ano para o outro, é um rito que seguimos por osmose.

no Brasil, o novo ano só começa de verdade depois do carnaval.

os festejos de Momo são o nosso rito de passagem oficioso.

depois de passarmos uma semana enchendo a cara, distribuindo sorrisos e simpatias, abraçando estranhos, se drogando, mijando e transando no meio da rua, a gente acorda numa quarta-feira de ressaca.

tira a fantasia, vai no espelho e desfaz a maquiagem; vê se há roxidões pelo corpo, toma-se uma pílula do dia seguinte, um engov, bebe-se uma água de coco, morde-se uma banda de melancia e zás…

aquelas figuras felizes e sorridentes de outrora voltam, como num passe de mágica, a mostrar o dedo médio para uma van escolar lotada de criança no caminho do trabalho, a destratar garçons, padeiros, pedreiros, porteiros…

a coisa volta ao normal.

as pessoas de bens colocam de volta suas máscaras sociais; sempre carrancudas.

no entanto, a anormalidade é tamanha nesses tempos trevosos que 2018 começará ainda no grito de carnaval.

“que tiro foi esse?”, dirão, quando Lula passar flutuando nos braços da multidão logo após o voto dos três mosqueteiros do Paraná amanhã, 24 de janeiro.

é amigo, o tiro vai sair pela culatra.

qual será o placar da votação?

talvez o único a sabê-lo está morto, era aquele sábio polvo adivinho, um molusco alemão de nome Paul, que brilhou durante a Copa do Mundo da África do Sul acertando os resultados das partidas.

aqui ficamos com a nossa brasileiríssima Mãe Dináh, que não errava nunca; a nossa pitonisa cravaria: “ou Lula será condenado ou será absolvido!”

agora, atentai bem.

não vai ter algema nos pés e nas mãos de Lula, não vai ter cadeia. não é uma condenação no sentido jurídico da palavra.

o que os rapazes de Porto Alegre vão decidir amanhã é se Lula vai ao ostracismo ou não.

é um espetáculo político.

o ostracismo foi criado pelo pai da democracia, o grego Clístenes.

e à época era uma multidão que ia à ágora decidir que homem seria banido da vida pública.

precisava-se de pelo menos seis mil pessoas marcando seu voto no óstraco pra coisa valer.

aqui bastam três machos brancos burgueses.

no entanto, os gregos revogaram esse instituto, porque ele serviu para o general Alcebíades Clinias massacrar Hipérbolo, seu adversário.

como, hiperbolicamente, estão a massacrar Lula da Silva hoje.

Alcebíades vive mimetizado nas figuras dos barões da midiazona, dos parasitas rentistas e dos burgueses togados.

essa trinca tentou estrangular o petê achincalhando a sua imagem, prendendo seus líderes, falseando suas biografias.

anunciaram diversas vezes que o petê tinha acabado.

concomitantemente, iniciaram uma caçada midiática para destruir a imagem de Lula.

o diabo é que eles não conseguiram nem uma coisa nem outra.

e sequer conseguiram produzir um candidato para fazer frente a Lula e ao petê; por isso apelaram para os capas-preta.

amanhã será 3×0 ou 2×1, o placar pouco importa.

importa que os demófobos acenderão a chama da revolta.

a partir de amanhã o Brasil terá um grito uníssono que reverberará até outubro:

eleição sem Lula é fraude!

esse é o tiro.

palavra da salvação.

Adeus à verdadeira ‘Rosie, a Rebitadora’, ícone da mulher operária

Adeus à verdadeira ‘Rosie, a Rebitadora’, ícone da mulher operária

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No El País – Uma mulher de macacão azul e lenço vermelho de bolinhas brancas arregaçando a manga para mostrar o braço forte. Rosie a Rebitadora (Rosie the Riveter) tornou-se um ícone global, associado à mulher trabalhadora e ao feminismo, mas nasceu nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial como uma ilustração para incentivar as mulheres a substituir, nas fábricas, os homens que tinham partido para a guerra. Naomi Parker Fraley, que inspirou o cartaz, morreu no sábado passado aos 96 anos no estado de Washington, segundo o The New York Times.

A identidade da famosa operária já tinha sido atribuída a outras mulheres, mas seis anos de pesquisa do acadêmico James J. Kimble levaram a Naomi, uma garçonete da Califórnia. Terceira de oito filhos de um casal de Tulsa (Oklahoma), nasceu em 1921. Aos 20 anos, depois do ataque a Pearl Harbour, foi trabalhar na Base Aeronaval de Alameda junto com sua irmã Ada, de 18.

Em entrevista ao Times, Kimble disse que a busca pela verdadeira Rosie começou em 2010 e virou uma obsessão. Durante o processo, acabou descartando aquela que até então era considerada a Rosie mais plausível, a já falecida Geraldine Hoff Doyle, que havia trabalhado em uma metalúrgica em 1942.

O cartaz com o lema “We Can Do It!” (“Nós Podemos Fazer Isso!”), obra do artista J. Howard Miller, tinha caído no esquecimento depois da guerra, mas ressurgiu como ícone feminista nos anos 1980. Com ele, também se recuperou a foto de uma mulher com um lenço vermelho e branco em um torno de uma fábrica que foi considerada a inspiração daquela campanha. Geraldine Doyle viu a foto na época e acreditou reconhecer-se nela. Até seu obituário, de 2010, se despedia dela como a trabalhadora ícone da Segunda Guerra Mundial.

Para o acadêmico, a mulher dissera aquilo de boa fé, mas ele não entendia por que ninguém questionava e investigou até confirmar quem era a operária. E era Naomi Fraley, que, por sua vez, também tinha se reconhecido na fotografia da fábrica em uma exposição em 2011.

Kimble fez de tudo para conseguir uma cópia da foto e enfim a encontrou com um vendedor de antiguidades. Tinha a data de 24 de março de 1942 e um breve texto que resolveria a questão: “A bela Naomi Parker parece capaz de tocar o nariz no torno que está utilizando”. Logo foi atrás dela. Morava na Califórnia com a irmã Ada.

MP ADMITE QUE LULA PODE SER CONDENADO SEM PROVAS E POR ‘SOMA DE INDÍCIOS’

MP ADMITE QUE LULA PODE SER CONDENADO SEM PROVAS E POR ‘SOMA DE INDÍCIOS’

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247 – O procurador-chefe da Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR-4), a segunda instância do MPF (Ministério Público Federal), Carlos Augusto da Silva Cazarré, disse que “indícios” e “convicções” podem influenciar em uma eventual condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será julgado nesta quarta-feira (24) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, no processo do tríplex do Guarujá. Leia Mais

NEW YORK TIMES: PARTIDÁRIO, MORO JOGOU A DEMOCRACIA BRASILEIRA NO ABISMO

NEW YORK TIMES: PARTIDÁRIO, MORO JOGOU A DEMOCRACIA BRASILEIRA NO ABISMO

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247 – Artigo publicado nesta terça-feira no New York Times, assinado por Mark Weisbrot, aponta que, ao agir de forma partidária, o juiz Sergio Moro colocou a democracia brasileira à beira do abismo.

Ele afirma ainda que o ex-presidente Lula foi condenado a nove anos e meio de prisão por evidências que jamais seriam levadas a sério num sistema judicial independente, como o dos Estados Unidos. Leia Mais

A justiça

A justiça

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“… a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Leia Mais

A Globo e o brado de Luciana Oliveira, a ativista milionária

A Globo e o brado de Luciana Oliveira, a ativista milionária

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No Rondônia Dinâmica – O tiro saiu pela culatra. Qual adágio definiria melhor a campanha de “consciência político-social” promovida pela Rede Globo? Que Brasil você quer para o futuro? – questiona a emissora que, embora faça o possível e o impossível para transitar lá e cá com suas pautas liberais falseadas e abordagens de tabus em “programecos” de auditório, é, sabidamente, parte interessada nos negócios escusos travados à penumbra dos maiores encostos de Brasília. Leia Mais