É cada vez mais difícil ao presidente da OAB, sustentar o ‘argumento’ de que as cobranças e críticas deste blog têm caráter pessoal em função de sua vitória na última eleição da seccional.
Os maus presságios aqui lançados, se confirmam. O grupo de Andrey Cavalcante deve sofrer o impacto de um meteoro e espalhar caco pra todo lado.
E tudo pela gula do presidente e do restrito círculo de poder que construiu com uma imagem muito muito distante da realidade.
É um ídolo com os pés de barro e a pedrinha que o ameaça esfarelar chama-se Mara Oliveira, a vice-presidente.
Andrey quer colocar Mara na sombra de novo, sendo dela boa parte do mérito por sua reeleição. O que de melhor ele tinha para mostrar da primeira gestão era o trabalho da Comissão de Prerrogativas que tinha à frente a Mara. Recordo de ter usado a costumeira franqueza à época da campanha para dizer que achava que ela deveria concorrer à presidência.
Há uma semana a perspectiva para o próximo pleito na OAB era de uma chapa única com o advogado Elton Assis, quem considero um grande advogado, mas abomino a ideia de que seja obrigado a colocar Andrey – condenado à multa por ato atentatório à dignidade da justiça – no Conselho Federal.
Até o grupo de Juacy Loura, dissidente que obteve o segundo lugar na última eleição já se acomodava à ideia de composição.
Essa perspectiva confortável já não existe.
Essas são informações que colhi sobre o novo rompimento no grupo.
Mara pediu o que considerou justo e Andrey teria oferecido bem menos da metade.
Ele, claro, dono do grupo, quer não só colocar Mara de novo á sua sombra, mas garantir uma vaga no Conselho Federal e com ela uma direção nacional.
Com quase 10 mil advogados no estado, o atual grupo não abre espaço para tantos brilhantes jovens da advocacia e menos ainda um lugar de destaque para uma mulher tão/quanto ou até mais competente.
Aliás, a eleição de uma mulher como presidente poderia enfim oxigenar a instituição.
Seria a primeira a presidir a seccional e mulher competente para assumir a tarefa não falta. Mara Oliveira e Zênia Cernov são dois nomes de peso.
A dança das cadeiras entre homens do mesmo restrito grupo tem que acabar. Não é bom exemplo a falta de alternância no Conselho Federal e em diretorias importantes.
De longe, observo o desmantelo da unidade.
Lembro o triste fim de Madame Bovary, para quem imagem era tudo.
Ela privilegiou a vaidade, o ‘ter’ ao ‘ser’, tanto traiu que não suportou a solidão e o desprezo.