“NÃO SOU ATIVISTA, SOU CINEASTA”, DIZ DIRETORA DO FILME SOBRE O GOLPE

“NÃO SOU ATIVISTA, SOU CINEASTA”, DIZ DIRETORA DO FILME SOBRE O GOLPE

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247 – O documentário O processo, sobre o impeachment de Dilma Rousseff, teve sessões lotadas seguidas de aplausos e gritos de “Fora Temer” desde que estreou, na quarta-feira (21/02), no Festival de Cinema de Berlim.

O filme da documentarista Maria Augusta Ramos foi feito com base em mais de 400 horas de material e tem 137 minutos, sem narração nem entrevistas. Ele retrata a tramitação do processo no Senado – a votação na Câmara é o prólogo – e os bastidores da defesa da ex-presidente.

Em entrevista à DW, a cineasta comenta o processo de produção e a recepção do filme, que concorre na mostra Panorama da Berlinale, um dos mais importantes festivais de cinema do mundo.

“A recepção é maravilhosa, o filme foi aplaudido de pé. As pessoas se comovem porque é algo ainda muito próximo. Nós não sabemos para onde isso vai, e isso é angustiante e doloroso. Quanto ao protesto, eu acho que as pessoas têm direito de expressar a sua preocupação em relação ao que está acontecendo, mas eu não fui ao protesto e ele também não foi organizado por mim. Eu não sou ativista, eu sou diretora de cinema. E o meu statement é o filme. Essa é a minha contribuição para esse momento que estamos vivendo”, afirma.

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