Hoje quero agradecer aos que me incentivaram a criar um blog e a expandir meus canais de comunicação no ambiente virtual.
Não quero demonstrar estatísticas de alcance, pois nunca tive a repercussão como meta, mas consequência do que escrevo e como escrevo. Sobre perseguir curtidas e compartilhamentos errei muito, perdi até dinheiro.
Meu foco sempre foi estabelecer uma linguagem simples, honesta e livre de qualquer tipo de cabresto.
O que ganho é reconhecimento da minha linha editorial, indissociável do meu jeito de ser e das escolhas que faço na vida.
Há três anos me ofereci como o atalho que Sebastião Nery sugere quando a estrada não dá caminho. “É o jeito de dizer, pela boca dos outros, o tornado indizível”.
Minha obsessão, portanto, é a de cultivar meus leitores.
Bráulio Tavares falou em seu Mundo Fantasmo, sobre o prazer de ser identificado por leitores.
“Tem uma história ótima de Vinicius de Moraes, quando ele soube que Pablo Neruda, nos idos dos anos 1950, estava de visita ao Rio de Janeiro, sendo recebido pelos literatos locais. Quando Vinicius soube, saiu esbaforido ao calçadão da praia, e não demorou a localizar o grupo de escritores que se aproximava, com Neruda ao centro. Quando o chileno o avistou de longe, abriu os braços e exclamou: “Vinicius de Moraes!…” Vinicius foi na direção dele e disse: “Eu ia beijar suas mãos, mas como você me reconheceu eu vou beijar é seus pés!…” E assim o fez.”
A quem me reconhece, menor que muitos, mas não insignificante, beijo os pés.
Obrigada.