Não começa bem o dia em que um amigo virtual se atreve a vir nas minhas publicações pra zombar do assassinato de uma mulher que no poder, pensou mais na dignidade dos outros que na própria vida.
O sujeito empestou vários posts meus com um texto associando o brutal assassinato da vereadora Marielle a seus posicionamentos políticos. O crime ganhou repercussão internacional, porque mostra o quão ameaçada está nossa democracia.
Marielle foi executada pra não depor e legislar contra o sistema, contra um injusto e letal estado de coisas.
Mas, esse ‘amigo’ virtual, como outros insanos, integra uma guerrilha que promove ódio e violência. Estão soltando seus demônios com o argumento de que a vereadora teve o que mereceu por suas críticas.
Como dar bom dia com isso?
E o pior é que esse amigo virtual é um dos que mais me incentivam à participação efetiva na política. Até hoje foi um dos mais entusiasmados incentivadores da minha candidatura.
Devo fingir que não vi seu apelo à barbárie pra não perder o apoio e possível futuro voto?
Não durou mais que 1 muito a resposta.
Comigo não! Voto pra mim tem que vir limpo e esse viria sujo de sangue.
Desprezo essa tática fuleira e danosa de fingimento pra conquistar apoio à candidatura.
Jamais negociaria minha consciência, meus ideais de igualdade e justiça, por um ou mil votos.
O que sou, sou e me orgulho do que sou.
Se confirmar minha candidatura, aviso logo que não, não farei de tudo pra garantir apoio.
O que de melhor tenho a oferecer é minha integridade de caráter, gostem ou não da minha posição política.
O que mais temos e por isso nossa vida não melhora, é gente falsa na política.
O voto que me oferece contaminado de ignorância e ruindade, sujo de sangue, dispenso.
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