A história não contada sobre as usinas do Madeira. No ato, Elizeu Braga e Andressa Silva
ELIZEU
Eu não aguento ficar te ouvindo falar de benefício de usina. Todo mundo sabe onde isso tudo vai parar.
ANDRESSA
Mas ainda não chegamos lá. Nesse momento da história estão as promessas. É aqui que a gente ouve a voz da usina. Não dá pra fazer um trabalho panfletário, uma caça às bruxas. Sai desse teu ponto de vista limitado e entende que a coisa é bem maior e mais complexa. Ficar sentada criticando não vai nos levar a lugar nenhum. Se falar resolvesse alguma coisa essas promessas todas estariam se cumprindo.
ELIZEU
E o que a gente faz? Fica elogiando a usina no meio da peça?
ANDRESSA
A gente reproduz o processo histórico. É isso que a gente faz. Esse empreendimento é de extrema relevância pra história da cidade. Assim como foram todos os outros fluxos de migrações que tivemos. Nossa história é moldada de gente que vem pra cá, extrai o que temos de melhor e nos deixa espoliados. Mas também é feita de gente que vem pra cá e soma à nossa identidade. Essa usina já faz parte da nossa história, quer a gente queira, quer não. Isso não pode ser mudado.