Que seja o primeiro e último contracheque de Jheinnyffer

Que seja o primeiro e último contracheque de Jheinnyffer

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Só circulou no WhatsApp e Facebook o que seria uma notícia pra causar intensa indignação coletiva.

Mas, corre de boca em boca o ato de nomeação de Jheinnyffer Gonçalves Carvalho, como assessora especial de relações institucionais da prefeitura de Porto Velho através de decreto do último dia 21 de março.

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Jheinnyffer é filha do presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Maurão de Carvalho, pré-candidato ao governo pelo MDB.

A primeira e espero que última remuneração dela chegou a R$ 9.188,40 e já por conta de diferenças de gratificação e auxílio alimentação.
Líquido, R$ 7.187,96.

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Não é sobre ser legal a nomeação.

É sobre desnudar discursos com forte apelo moralista de dois chefes de poderes, do legislativo estadual e do executivo municipal.

O prefeito Hildon Chaves (PSDB-RO) tem que explicar, por que escolheu a filha do deputado Maurão para um cargo que em campanha garantiu que seria ocupado por pessoas com inquestionável qualificação técnica.

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Mais de 65% dos eleitores o escolheram, porque também garantiu que governaria sem ceder a velhas práticas danosas ao interesse público, como esse tipo de indicação política para cargos de alta remuneração.

Não, Hildon não!

Só os que ele chamava de “corrompidos morais” acomodam parentes de políticos no serviço público com um simples telefonema.

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E Maurão?

No último dia 25, foi aprovado na Assembleia Legislativa o projeto que cria o Conselho Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos para a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais E Transgêneros (Lgbttt).

Evangélico, de discurso ético e moral conservador, Maurão fez questão de registrar que era contra numa votação simbólica.

Até agora ele não se posicionou sobre a cobrança nas redes sociais por conta da nomeação da filha, que definitivamente não foi uma ‘benção’ divina.

Jheinnyffer não deixou um currículo na prefeitura e foi chamada.

O que parece é exatamente o que é, favor entre políticos.

Convenhamos, por mais que a jovem tenha capacidade de desempenhar as funções inerentes ao cargo, independentemente de ser legal, sua nomeação coloca sob desconfiança os princípios da impessoalidade, moralidade, eficiência e isonomia no serviço público.

Com forte influência na imprensa, não foi notícia e Hildon e Maurão confiam no esquecimento da nomeação da jovem até que contem outra.

Hibernam há mais de um ano os “corrompidos morais” que ajudaram a eleger Hildon Chaves. Só pode.

Cadê a meritocracia que os tucanos tanto enaltecem para ‘justificar’ o abismo social?

Só sei que ‘pra começar’, Jheinnyffer conseguiu um salário que poucos conquistam sem ajuda de um pai que é amigo do prefeito.

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