O Brasil não foi o único país em que o número de mortes LGBT+ aumentou, nos Estados Unidos, de 28 homicídios em 2016, o número praticamente dobrou para 52.
Porém, os dados do National Coalition of Anti-Violence Programs (Coalizão Nacional de Programas de Contra a Violência), dos Estados Unidos não computa o atentado de 2016 à boate Pulse, que matou 49 pessoas, em Orlando, por ser considerado um massacre, o que não é um homicídio isolado.
O maior número de homicídios no país até então era de 30 pessoas em 2011, 22 pessoas a menos que em 2017.
Número de Denúncias de homicídios de contra LGBT+s nos Estados Unidos
Número de Denúncias de homicídios de contra LGBT+s nos Estados Unidos (National Coalition of Anti-Violence Programs/Reprodução)
No país, a ordem da forma que ocorrem os assassinatos é: armas de fogo (53%), esfaqueamento (21%), espancamento (13%), bala perdida de policiais (6%), asfixia (4%) e afogamento (2%).
Causa da morte de homicídios contra LGBT+s nos Estados Unidos. De cima para baixo: Traumatismo, Armas de fogo, Facadas, Balas de policiais, Afogamento e Estrangulamento.
Causa da morte de homicídios contra LGBT+s nos Estados Unidos. De cima para baixo: Traumatismo, Armas de fogo, Facadas, Balas de policiais, Afogamento e Estrangulamento. (National Coalition of Anti-Violence Programs/Reprodução)
Mesmo assim, nos Estados Unidos o número é mais de cinco vezes menor que no Brasil, o cálculo feito é de que nos Estados Unidos morre uma pessoa na comunidade LGBT+ a cada semana, no Brasil, é a cada 19 horas.
Mesmo o Brasil tendo avançado e estando dentro de vários conceitos positivos em relações a leis que asseguram direitos e proteção dos LGBT+s, como mostra o gráfico da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex (IGLA), a realidade nas ruas é muito diferente, e demonstra uma piora que assusta a todos.
Em 2017, o Brasil, inclusive, já é o país que mais mata LGBTs no mundo. De acordo com a mesma associação, no primeiro quadrimestre de 2017, uma pessoa é morta a cada 25 horas.